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castelobranco24placa(POR PAULO HOMEM)

E lá vamos nós para a fase de asfalto do Campeonato de Portugal de Ralis de 2024. A Escuderia Castelo Branco reuniu 60 inscritos, número que acho ideal para provas do CPR, mas mesmo assim há que lamentar algumas ausências, que no caso de Paulo Neto e Lucas Simões se devem sobretudo às mazelas do Rally de Portugal!!!

É verdade que temos o regresso de João Barros, no VW Polo e a presença do Espanhol Robert Blach Jr, piloto que tripulará um Skoda Fabia RS Rally2 e que pela sua experiência e rapidez no asfalto (está a disputar o JWRC e o WRC3 com um Rally e esteve na Canárias no ERC com este Skoda) e que poderá andar pelos lugares do pódio.

A compor a lista, e muito bem, temos três troféus ralis (Renault, Peugeot e o excelente FPAK Junior Team), coisa rara para os lados do CPR, mas que permitem preencher mais de metade dos inscritos, sendo por isso uma enorme tábua de salvação para esta competição. Fica provada o quanto é necessário e importantes estes troféus e, por isso, devem ser criadas condições para que no futuro se mantenham estes ou venham ainda mais.

Quanto ao rali em si, já sabemos como é Castelo Branco. Prova sempre muito rápida e decidida ao segundo, entre os primeiros lugares, em que um pião ou um futuro significa logo estar fora do TOP3. Em 2023 foi uma edição espetacular na luta pelo... segundo lugar. Este ano tudo aponta para que se verifique novamente uma enorme luta entre José Pedro Fontes, Armindo Araújo e Ricardo Teodósio pelo lugar intermédio do pódio, pois Kris Meeke, já com o conhecimento de 2023, prova que venceu, e com a sua rapidez natural, pode não dar hipóteses aos sus adversários.

É certo que José Pedro Fontes e Ricardo Teodósio, depois da fase menos positiva da terra, estão longe de almejar poder intrometer-se na discussão do título no CPR e, como tal, não estará seguramente do lado deles qualquer tipo de pressão, o que lhes dá margem para lutar abertamente e sem reservas pelo melhor resultado possível. Já Armindo Araújo, continua pacientemente à espera de uma escorregadela de Meeke, que lhe permitiria relançar um pouco o CPR. Porém, o piloto do Skoda é que não pode mesmo "escorregar" pelo que ficar à frente de todos os seus adversários portugueses pode significar muito em termos de campeonato no final do rali.

Na expetativa estamos em relação a Pedro Almeida, que já mostrou que pode ser rápido, Ernesto Cunha, embora nesta prova a melhor opção será fazer muito quilómetros para se habituar rapidamente ao Skoda no asfalto, mas se o piloto da Marinha Grande sair de Castelo Branco ainda com o terceiro lugar no CPR, então é sinal de que fez uma grande prova.

Também nas duas rodas motrizes promete haver emoção... e muita. Hugo Lopes será talvez o piloto a bater, mas Gonçalo Henriques vem motivado pela recente vitória nas 2RM no Rally de Lisboa, embora o facto de usar "borrachas" menos competitivas no seu Clio Rally4, num rali normalmente muito exigente para os pneus devido às altas temperaturas do asfalto, poderá ser um contra adicional para ele. Daniel Nunes e Ricardo Sousa são outros nomes a ter em atenção, assim como o local Pedro Silva.

Neste rali não vai faltar também emoção nos referidos troféus. Um deles em estreia, o FPAK Junior Team, que tão bons resultados trouxe nas duas edições anteriores e que vai lançar novos jovens na ribalta. Já sabemos que o Troféu Peugeot tem pilotos muitos competitivos, assim como acontece com o Troféu Renault, que depois da competitiva estreia no Rally de Lisboa, tem aqui o seu segundo round.

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