Domingo, 23 Março 2025 15:38

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Elfyn Evans conquistou uma vitória memorável no Safari Rally Kenya, consolidando a sua liderança no Campeonato do Mundo de Ralis.

Ao volante do Toyota GR Yaris Rally1, navegado por Scott Martin, o galês bateu Ott Tänak, da Hyundai, por 1m9s, garantindo o seu segundo triunfo da temporada. Com este resultado, alcançou a maior vantagem pontual alguma vez registada após três rondas de um campeonato do WRC.

Após vencer na Suécia e terminar em segundo no Rali de Monte Carlo, Evans chegou ao Quénia com um forte embalo. Agora, lidera o campeonato com uma vantagem de 36 pontos, destacando-se dos seus rivais na luta pelo título ao fim da terceira de 14 provas.

A vitória foi construída ao longo de um exigente percurso de quatro dias, iniciado na quinta-feira em Nairobi e estendendo-se pelas implacáveis paisagens do Grande Vale do Rift.

Evans assumiu o comando na sexta-feira, quando Tänak, o mais rápido até então, perdeu tempo devido a um semieixo partido no seu Hyundai i20 N Rally1. A partir desse momento, o galês manteve-se firme na liderança.

Ainda assim, o caminho para a vitória não foi isento de dificuldades. Evans enfrentou furos e piões nos primeiros dias e, no domingo, teve de gerir um problema elétrico na derradeira etapa. Tänak tentou recuperar terreno, mas o piloto da Toyota resistiu à pressão e juntou-se ao restrito grupo de britânicos que triunfaram no Safari, seguindo os passos de Colin McRae e Richard Burns.

"Quero agradecer a todos no Quénia pela receção calorosa", disse Evans com um sorriso. "Este rali é incrível. Parabéns à equipa – fizeram um trabalho fantástico e sinto-me orgulhoso por fazer parte da história da Toyota nesta prova tão especial."

Tänak subiu ao pódio ao lado do seu colega de equipa e atual campeão do mundo, Thierry Neuville, que terminou a 2min 22,1seg após um fim de semana complicado. O belga sofreu uma penalização de um minuto na sexta-feira devido a um atraso na troca da caixa de velocidades, além de mais penalizações por um falso arranque e uma chegada tardia, enquanto reparava danos no sistema de refrigeração do seu carro no sábado.

Apesar das dificuldades, o duplo pódio da Hyundai representou o seu melhor resultado de sempre no Safari. Por outro lado, apesar da vitória de Evans, esta foi a primeira edição do rali em que a Toyota GAZOO Racing não conseguiu colocar mais do que um carro no pódio.

A Toyota parecia encaminhada para um 1-2 até que Kalle Rovanperä, bicampeão mundial, caiu do segundo para o quinto lugar no sábado devido a danos na suspensão traseira. O azar do finlandês continuou no domingo, quando um problema elétrico o forçou a abandonar – deixando-o agora 57 pontos atrás do líder Evans na luta pelo título.

Takamoto Katsuta estava bem posicionado para terminar em quarto, superando vários furos e até um episódio de exaustão térmica, mas um capotamento na Wolf Power Stage danificou o seu carro e impediu-o de chegar ao fim. Com isso, Sami Pajari, também da Toyota, subiu para essa posição. Já Grégoire Munster, apesar de um problema na caixa de velocidades, garantiu o quinto lugar no seu M-Sport Ford Puma Rally1.

Gus Greensmith venceu no WRC2, terminando mais de três minutos à frente de Jan Solans, que capotou na SS18. O piloto amador Jourdan Serderidis terminou em oitavo da geral, também num Puma, enquanto o paraguaio Fabrizio Zaldivar completou o pódio do WRC2 em nono. Josh McErlean fechou o top 10.

A próxima prova traz um novo desafio ao WRC, com o Rali das Ilhas Canárias. A ronda de asfalto, sediada em Gran Canária, decorrerá entre 24 e 27 de abril.

CLASSIFICAÇÃO FINAL
1. E Evans / S Martin GBR Toyota GR Yaris 4h 20m 3.8s
2. O Tänak / M Järveoja EST Hyundai i20 N +1m 9.9s
3. T Neuville / M Wydaeghe BEL Hyundai i20 N +3m 32.0s
4. S Pajari / M Salminen FIN Toyota GR Yaris +7m 18.7s
5. G Munster / L Louka LUX Ford Puma +11m 35.3s
6. G Greensmith / J Andersson SWE Škoda Fabia +14m 11.6s

CLASSIFICAÇÃO WRC
1. E Evans 88pts
2. T Neuville 52pts
3. O Tänak 49pts

CLASSIFICAÇÃO CONSTUTORES
1. Toyota GAZOO Racing WRT 148pts
2. Hyundai Shell Mobis WRT 122pts
3. M-Sport Ford WRT 47pts

Quinta, 20 Fevereiro 2025 10:58

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183,3 milhões de euros, mais 18,6 milhões (11,29%) em relação a 2023, foi o impacto económico estimado pelo Vodafone Rally de Portugal 2024, tendo-se dessa forma reforçado o relevo de Portugal como destino de referência no automobilismo mundial.

O evento gerou 93,67 milhões de euros em despesa direta por parte dos adeptos, equipas e organização nas regiões, sendo que 36% foram provenientes de visitantes estrangeiros, dos quais 25% visitavam pela primeira vez o país.

Estes são os dados de um estudo da Universidade do Algarve sobre o WRC Vodafone Rally de Portugal 2024, prova mãe do desporto motorizado português organizada pelo Automóvel Club de Portugal, que voltou a afirmar-se como um pilar estratégico da economia e do turismo nacional, impulsionando a projeção internacional e a coesão territorial. Realizado entre 9 e 12 de maio, em 14 municípios das regiões Norte e Centro, o evento demonstrou um impacto transformador, conjugando desenvolvimento económico, valorização mediática e reforço da identidade territorial.

Prova gerou receita fiscal de 22,6 milhões de euros para o Estado

Ao longo dos quatro dias, a prova atraiu cerca de 1,2 milhão de assistências e a estadia média de 2,9 noites (3,2 noites para turistas estrangeiros) superou os valores habituais das regiões Norte (1,9 noites) e Centro (1,8 noites), contribuindo para a redução da sazonalidade do turismo e o prolongamento do impacto económico para além dos dias do evento.

Em termos de receita fiscal, o Estado arrecadou 22,6 milhões de euros, dos quais 13,6 milhões resultaram do IVA e 9 milhões do ISP. Esta verba representa 24,1% do impacto económico direto do evento, evidenciando a sua importância para a economia nacional.

Alcance mediático expressivo

O alcance mediático do Rally foi igualmente expressivo: o tempo total de transmissão televisiva foi de 873 horas e 15 minutos, com 90% desse tempo a ser transmitido em direto, em mais de 100 países, o que consolidou a posição entre os eventos mais relevantes do calendário desportivo mundial. Os mercados estrangeiros mais impactados pela transmissão foram Japão, Finlândia, Espanha, Itália, Reino Unido e Indonésia, aos quais se juntaram novos mercados emergentes como Turquia, Taiwan e Chile. A exposição mediática do evento euros (AVE - Advertising Value Equivalent), foi avaliada em 89,6 milhões de euros, reforçando a valorização de Portugal como destino turístico de grandes eventos desportivos.

Imagem de Portugal reforçada

A perceção da imagem de Portugal através das regiões envolvidas foi amplamente positiva, com 94,8% dos visitantes nacionais e 96,9% dos visitantes estrangeiros a classificarem o destino como "bom" ou "muito bom". O destino foi classificado como bonito, verde, acolhedor, com destaque para a sua natureza e gastronomia. No que respeita à organização do rally, as palavras mais referidas foram espetacular, organizado, adrenalina, emoção e convívio. A maioria, cerca de 66% manifestou intenção de regressar no inverno.