O Campeão do Mundo sentiu algumas dificuldades nas primeiras especiais devido à afinação escolhida para a parte da manhã, mas na quarta classificativa saltou para o comando e a partir dai conseguiu construir uma interessante vantagem de 59,2 segundos sobre o segundo classificado, no caso, Anders Grondal.
"Foi uma etapa extremamente difícil pois os pisos estavam mais secos que o previsto e não fomos felizes no 'set-up' que escolhemos para a primeira ronda pelas especiais. Alteramos o carro para a segunda metade, conseguimos ser bastante mais rápidos e lideramos da forma que pretendíamos. Foi um final de etapa muito positivo pois o nosso adversário na luta pelo título atrasou-se bastante", disse Armindo Araújo.
Com Hayden Paddon já muito distante dos primeiros lugares, o piloto tirsense promete contudo não mudar muito de estratégia. "Em termos de campeonato este cenário é muito favorável mas falta muito rali e nada está ganho. Vamos continuar a impor um ritmo que nos permita manter a primeira posição mas obviamente que o facto de o (Hayden) Paddon estar no décimo lugar permite-nos ter uma margem de segurança maior. As condições climatéricas estão muito instáveis e temos de manter a concentração a um nível muito elevado", disse Armindo Araújo.
Bernardo Sousa e Nuno Rodrigues da Silva, do Team Ford Quinta do Lorde estão na oitava posição entre os concorrentes que disputam o S-WRC no Rali de França. "Posso dizer que foi um inicio de rali de altos e baixos", explicando melhor: "Tal como os restantes pilotos desta categoria, preparamos o set-up do carro para a eventualidade de estar muita chuva, mas a verdade é que, hoje, as condições climatéricas não estavam tão adversas quanto os testes que efectuamos durante a semana. Ainda assim, optamos por decidir manter as afinações nas primeiras quatro especiais não fizemos os tempos dos pilotos da frente, fruto também do piso escorragadio e asfalto sujo e também da altura do carro que tinha".
Durante a assistência e com o piso a ficar seco o Team Ford Quinta do Lorde entendeu alterar o set-up. "Fizemo-lo com base nas indicações que tínhamos. As alterações resultaram, sendo notório o ganho em quase um segundo nas nossas segundas passagens", revelava o piloto do Ford Fiesta S2000.
De todo o modo, o azar viria a bater à porta da dupla portuguesa. "Numa curva rápida, na sétima especial, demos um toque com a roda traseira danificando a mesma não podendo terminar esta primeira etapa".
E amanhã? "Vamos entrar e fazer o Super Rally. Nesta fase do campeonato do S-WRC não temos nada a ganhar, mas também não temos nada a perder. A estratégia para amanhã será como todos os ralis que temos vindo a fazer: fazer o nosso melhor, tentando sempre com responsabilidade elevar ao máximo aqueles que apostaram em nós, divulgando o melhor possível o nome de Portugal. O resto vem por acréscimo".