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mikdia2(TEXTO: PAULO HOMEM)

Terminou a edição 2021 do Rali Serras de Fafe, com Andreas Mikkelsen a obter a sua segunda vitória em solo luso no espaço de apenas 15 dias. Nas contas do CPR, Armindo Araújo impôs-se a Bruno Magalhães e reforçou liderança no campeonato.

Depois de um primeiro dia terrível, devido ao mau tempo, Andreas Mikkelsen não jogou pelo seguro no início do segundo dia. O norueguês queria mesmo vencer o rali pelo que foi primeiro em três dos quatro troços da 3ª secção. Lukyanuk respondeu, nessa fase, ganhou um troço e esteve a 0,7s do primeiro lugar, mas terminou essa secção já a mais de 9 segundos.

O pior, para o russo, veio a seguir, quando no início da segunda seção ficou sem transmissão dianteira no seu C3 Rallye2, passando a ter como intenção terminar o rali, o que conseguiu ficando no segundo lugar.

Mikkelsen baixou de pronto o seu ritmo, para garantir uma excelente vitória, que lhe dá praticamente o título no ERC em 2021, depois das vitórias nos Açores e agora no Serras de Fafe e Felgueiras.

ARMINDO ARAÚJO EM GRANDE

A luta pelo terceiro lugar no ERC foi também a luta pela posição de vencedor nas contas do Campeonato de Portugal de Ralis.

Num rali e num tipo de piso em que se sente como "peixe na água", Armindo Araújo ainda foi surpreendido por Bruno Magalhães na primeira especial do segundo dia, mas nas restantes sete classificativas, o piloto do Skoda esteve imparável, vencendo todas o que lhe permitiu gradualmente aumentar a sua vantagem na liderança. No final, Armindo Araújo ainda venceu a Power-Stage, terminando um fim-de-semana quase perfeito.

Bruno Magalhães sai de Fafe com vontade redobrada para o que falta do CPR, mesmo tendo perdido terreno nas contas do título. O segundo lugar foi excelente para a estreia do novo Hyundai i20 Rally2, ficando claro que apesar de ter tentado pressionar Armindo Araújo, também tinha a ideia da importância que representava terminar esta prova... tendo-o feito com uma excelente prestação.

Ricardo Teodósio fez um longo e inteligente passeio no segundo dia. A imensidão de problemas que o afetaram a ele fisicamente (dores no corpo) e ao seu Skoda (caixa, temperatura do motor, etc), levaram o algarvio a guardar o terceiro lugar, tanto mais que não tinha qualquer adversário por perto. As contas do CPR ficaram um pouco mais complicados (Teodósio continua a ser segundo), mas o campeonato ainda não terminou e os 13 pontos para Armindo Araújo podem ser recuperáveis.

Miguel Correia teve um regresso ao CPR muito discreto, ficando mesmo assim no 4º lugar, depois de um primeiro dia para esquecer. O segundo dia foi melhor, mas já nada havia a ganhar ou perder.

Vencedor no Rali da Água, José Pedro Fontes não aproveitou esse balanço para voltar a somar um bom resultado, desta feita num rali de terra. Depois de um primeiro dia muito difícil e com muitos problemas no Citroen, o quinto lugar final deixa Fontes ainda com hipóteses matemáticas de conquistar o título, mas que é muito difícil, lá isso, é.

No 6º lugar ficou Daniel Nunes, com uma excelente exibição. Embora continuem a faltar concorrentes na categoria do seu Fiesta Rally3, Nunes conseguiu mesmo assim passar pelo 4º lugar absoluto do CPR, mas com as condições dos troços a melhorarem muito no segundo dia não conseguiu segurar essa posição descendo a um natural sexto lugar.

Paulo Neto e Ricardo Filipe terminaram nas posições seguintes e finais do CPR, campeonato que está a passar por uma crise de concorrentes.

LÍDERES SUCESSIVOS
Bruno Magalhães (Pec 1); Armindo Araújo (Pec 2); Bruno Magalhães (Pec 3); Armindo Araújo (Pec 4); Bruno Magalhães (Pec 5); Armindo Araújo (Pec 6); Bruno Magalhães (Pec 7); Armindo Araújo (Pec 8 a 16).

VENCEDORES DE TROÇOS
Bruno Magalhães (4); Armindo Araújo (13); Ricardo Teodósio (1)

CLASSIFICAÇÃO PRIMEIRO DIA