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TEO(Atualizado 17 de outubro)

A sétima prova do Campeonato de Portugal de Ralis foi emocionante, com uma super exibição de Ricardo Teodósio que atirou a decisão do título para a derradeira prova da época, a disputar na "terra" de Mortágua. Promete!!!

Já se sabia que a questão do título estava ao rubro e, nesta prova, vários cenários estavam em aberto... até a atribuição título. Ricardo Teodósio foi talvez o piloto que melhor interpretou o momento e, para tal, nada melhor do que voltar a ver o algarvio de regresso à estrondosa exibição que fez no Rali Terras D´Aboboreira. Só havia um resultado possível, a vitória, e Teodósio em momento algum fraquejou nesta prova. Entrou a vencer e consolidou a sua posição ao longo de quase toda a prova, em que venceu seis das sete especiais de classificação, e no final ainda levou os pontos da Power Stage, sem esquecer de dar o espétaculo habitual.

O líder do campeonato, Armindo Araújo, teve também uma boa estratégia. Pressionou muito Teodósio, na tentativa de levar ao algarvio ao erro, mas não arriscou tudo, pois mesmo o segundo lugar o mateve no topo das contas do CPR e com vantagem de nem precisar vencer a derradeira prova para ser campeão.

Talvez o momento do rali seja o "adormecimento" de Armindo Araújo no segundo troço (logo no início do segundo dia), onde perdeu quase 7s (no final a diferença entre ambos foi de 11 s). Mesmo vencendo um troço, a verdade é que nos restantes Armindo Araújo andou próximo de Teodósio, mas não o suficiente para lhe ganhar.

Por tudo isto, a decisão do título ficou para Mortágua, com a diferença a ser de 7 pontos, favorável a Armindo (que na realidade são 9 pontos devido aos pontos a deitar fora). Quer isto dizer que Armindo não precisa de vencer em Mórtagua para ser campeão, enquanto Teodósio precisa de ganhar e esperar por um resultado menos bom de Armindo Araújo.

Com toda esta animação, José Pedro Fontes e Bruno Magalhães ficaram fora da luta pela vitória... um pouco inesperadamente. Mesmo assim, os dois pilotos estiveram muito entretidos na luta pelo 3º lugar que caiu para o piloto do Citroen mesmo no derradeiro troço. Magalhães não teve muita confiança ao volante do novo Hyundai no asfalto e, dessa forma, acabou no 4º lugar.

Miguel Correia acabou na sua posição "natural", um quinto lugar isolado, demonstrando que no asfalto ainda precisa de mais ritmo para se entremeter na luta pelo pódio.

O espanhol Caamno ficou na posição de seguinte com um Citroen C3 Rally2, pouco à frente de Pedro Almeida, que nesta prova regressou ao volante de um R5, neste caso um Hyundai, acusando alguma falta de ritmo com um 4x4.

Pedro Meireles teve mais uma vez uma prova para esquecer, tudo por causa de um furo, que o deixou cedo de mais fora das contas pelos primeiros lugares.

Paulo neto e Manuel Castro fecharam o top 10, com exibições regulares, mas qualquer deles longe dos primeiros.

Ricardo Sousa levou o Peugeot 208 Rally4 ao 11º lugar, mas mais importante que isso foi a vitória nas duas rodas motrizes, enquanto Ernesto Cunha foi segundo no CPR2.

CHUVA DE CAMPEÕES

Nuno Carreira venceu entre os clássicos com o seu monstruoso Subarua Impreza, conseguindo dessa forma o título de campeão nacional, enquanto Vitor Pascoal venceu nas contas do GT o rali e também o respetivo campeonato.

No Regional Centro, nova vitória de Adruzilo Lopes, em Mitsubishi, enquanto André Cabeças ficou a 10s do vencedor, mas venceu nas contas dos pilotos inscritos no Regional centro. Dessa forma obteve o título de Campeão regional centro.

COMANDANTES SUCESSIVOS

Ricardo Teodósio (Pec 1 a 7)

VENCEDORES DOS TROÇOS

Rircardo Teodósio (6); Armindo Araújo (1)

CLASSIFICAÇÃO FINAL
VIDREICLASFINAL21