Editorial (11/08/2013)
Apesar da nova direção da FPAK só iniciar oficialmente funções em Setembro, a mesma parece já estar a tomar o leme de um barco que segue desgovernado por um rio muito agitado e turvo.
Temos ainda quatro meses até ao final da temporada de 2013, e se a prioridade são organizar as contas da FPAK, algo que sinceramente só vejo ser possível num período de dois a três anos, a nova direção terá que mexer urgentemente nos regulamentos federativos, pois deles depende muito do retorno económico que a FPAK possa vir a obter.
No caso dos ralis é necessário mexer nos regulamentos e esclarecer rapidamente a relação entre o CPR, Open, VSH, Critério e ralis sprint. São escalões a mais que urge rever, devolveu-se aos regionais a posição que já tiveram, integrando aí os ralis do critério e sprint, dando-lhes autonomia.
Quer isto dizer que se deveria voltar a existir três escalações (CPR, OPEN e VSH) nos quais cada clube não devia organizar mais do que um rali por competição.
É também momento de pensar na redução de custos. A ideia do número fixo para todo o ano (em função da classificação do piloto no anterior e da data da licença), evitava aos clubes custos acrescidos com autocolantes (apenas se mantinham os autocolantes dos patrocinadores).
A FPAK deveria também negociar uma plataforma para os tempos online, que serviria a todos os clubes. As inscrições nas provas também deveriam ser feitas online (um piloto ao inscrever-se já tinha os seus dados disponíveis na FPAK quando tirou a licença) e mais do que nunca deveria ser respeitada a data de fecho de inscrições.
Ao baixar os custos às organizações (mexendo também no valor de inscrição das provas, que é um absurdo) os pilotos poderão ter custos mais baixos de inscrições e, por isso, as provas poderão ter mais inscritos. Se o exemplo funciona já nos ralis sprint, porque razão não funciona nos outros ralis?
Curiosamente, um organizador de provas do CPR que também organiza ralis sprint, dizia-me que se ganhava mais dinheiro com estas provas do que com as provas do nacional e até do Open. Basta por isso, a nova FPAK ouvir os clubes e tirar as suas conclusões.
Bons Ralis, mas em segurança!!!
Paulo Homem