CPR

O “Safari” do Campeonato de Portugal de Ralis

 

cprantrp25A quarta prova do Campeonato de Portugal de Ralis, que habita a primeira etapa do Vodafone Rally de Portugal, é uma prova que deveria envergonhar a FPAK.

Em primeiro lugar pela reduzidíssima lista de inscritos. Apenas 15 pilotos estarão presentes e um deles nem sequer é um habitual do CPR. Depois porque a extensão da prova sai completamente fora do que deveria ser um regulamento do CPR. São mais de 680 quilómetros de percurso, para quase 150 quilómetros de especiais de classificação.

Depois de saírem na 5ª feira para Coimbra, todo o aparato associado às assistências, montado na Exponor, não servirá para nada, pois os concorrentes só regressarão na sexta feira muito ao final do dia. E vamos ver quantos regressarão!!!

De facto, os pilotos portugueses (e os que disputam o CPR) terão uma ordem de partida para a estrada que os irá penalizar imenso, pois todos eles vão encontrar os troços destruídos logo na primeira passagem, quanto mais na segunda. Para o CPR não é mais um rali de terra, mas sim o “Safari”, pois mais que a performance, o que vai interessar mesmo é terminar evitando-se ao máximo as armadilhas do terreno.

Manda a tradição que nesta prova do CPR nunca existe grande interesse desportivo / competitivo, pois normalmente as diferenças entre os concorrentes avolumam-se muito de troço para troço e, muitas vezes, na classificação aparecem uma surpresas, não tanto pelo andamento de alguns pilotos, mas pelas desistências ou perdas de tempo por problemas que acontecem com quem tenta arriscar um pouco mais.

Por isso, se existe prova onde pode surgir um vencedor diferente é precisamente nesta, mesmo já todos sabendo que Meeke e Sordo vão querer estar (e vão estar) noutras guerras. Se os carros resistirem e não houver erros (nem furos), então a vitória no CRP será de um deles, mas…

Obrigados a usarem um tipo de pneu que praticamente ninguém usa no nacional (outra aberração do CPR quanto integra esta prova), não será certamente a performance do pneu que está em causa, pois quase ninguém vai andar a fundo neste rali. Armindo Araújo é, normalmente, entre os pilotos portugueses dos que tem melhor performance neste evento, mas uma prova cuidadosa de Ricardo Teodósio (muitas vezes azarado no Rally de Portugal), como de Gonçalo Henriques (que não se pode deslumbrar com este rali), de José Pedro Fontes, de Pedro de Almeida e de Pedro Meireles, pode render-lhes frutos com a obtenção de um bom resultado.

 

Artigos Relacionados

Botão Voltar ao Topo