Sem que tenha contribuído para tal, a Escuderia Castelo Branco poderá vir a ter uma prova bem animada dentro e, sobretudo, fora dos troços. O problema das gasolinas, garantem alguns protagonistas, poderá marcar um antes e um depois nos ralis do CPR em Portugal.
Conhecida a posição da ARC Sport e dos pilotos que representa, que irão marcar presença nesta prova com o combustível 100% sustentável, também os dois carros (R5) da Racing4You irão estar à partida com o mesmo tipo de combustível 100% sustentável.
Face à obrigatoriedade imposta pela FPAK, há dois ou três dias, da gasolina fóssil, com que irão estar os carros da Sport&You e da The Racing Factory, prevê que no final do rali as classificações do Rali de Castelo Branco, caso terminem a prova todos os carros Rally2 e R5, possam ficar suspensas.
Na verdade, já se fala em providências cautelares e em interpretações distintas da comunicação da FPAK sobre a obrigatoriedade da gasolina Panta, sendo que para alguns protagonistas tal não configura qualquer obrigatoriedade.
Das duas umas, ou não se vai passar nada, e no final do rali todos vão contentes para casa, ou poder-se-á entrar num braço de ferro com a FPAK (que há vários meses tem conversas com as equipas) que para já tem um final desconhecido.
Certo é que este rali vai ser seguido com muita atenção, desde a partida, não só pelos aspetos desportivos, mas também por questões regulamentares.
MEEKE O PROTAGONISTA
Polémicas à parte, Kris Meeke parte como grande favorito à vitória, existindo uma grande expetativa se Dani Sordo poderá ou não acompanhar o ritmo do seu adversário. A experiência de ambos é enorme, mas Meeke tem duas vantagens adicionais: o Toyota e o conhecimento dos troços (mesmo que existam partes novas nos troços e troços em sentido contrário).
Na luta particular entre os portugueses dois nomes assumem protagonismo: José Pedro Fontes e Armindo Araújo. Para eles deverá estar guardada a luta pelo último lugar do pódio, sendo para já uma incógnita o que poderá fazer Pedro de Almeida, vencedor da prova anterior, tendo já feito algumas boas prestações no asfalto no passado. Quanto a Teodósio poderá ter um forte handicap nesta prova, que se chama Hankook. É para já uma incógnita o que estes pneus poderão valer no asfalto, mas existe por outro lado a vontade do piloto de finalmente fazer um grande resultado, que já provou ter capacidade de conseguir nesta mesma prova.
Também para acompanhar com expetativa, para além das duas rodas motrizes, com vários candidatos ao primeiro lugar, a estreia do Clio Trophy, com sete pilotos, num misto de juventude e de experiência, mas também do FPAK Junior Team, com os novos Peugeot 208 Racing, que para já muito agradaram a alguns dos pilotos que irão integrar esta competição.
