Nikolay Gryazin somou a sua quinta vitória no Campeonato Europeu de Ralis da FIA (ERC), após uma prestação dominante do início ao fim no 42.º Rally Sierra Morena – Córdoba Património da Humanidade.
Com Konstantin Aleksandrov como co-piloto no Škoda Fabia RS Rally2 equipado com pneus Michelin, Gryazin venceu com uma vantagem de 46,0 segundos pela nova equipa J2X Rally Team, gerida pela Orsák Rallysport, depois de liderar desde a super especial de sexta-feira à noite na cidade anfitriã, Córdoba.
Para sublinhar o seu ritmo impressionante, Gryazin arrecadou quatro pontos na Power Stage decisiva do evento, a 25.ª desde que o conceito de pontos bónus foi introduzido no ERC.
“O fim de semana foi bastante duro, mas, sem dúvida, quero agradecer ao Jaroslav Orsák e ao Jarosław Kołtun [da J2X Rally Team],” disse Gryazin, de 27 anos. “A equipa fez um excelente trabalho, todos estavam com o espírito certo, o que me manteve motivado. Cinco vitórias é bom, mas seria melhor se fossem mais, por isso vamos ver como corre a época.”
Apesar de Gryazin ter liderado desde o início, foi na última especial de sábado que fez a diferença, aumentando a sua vantagem de 15,5 para 28,8 segundos ao ser 11,6 segundos mais rápido do que o segundo melhor tempo. “Gosto deste tipo de especial onde é preciso coragem e o carro comportou-se muito bem,” disse. “Não estava a atacar ao máximo, mas estávamos a puxar e a sensação com o carro nesta especial foi muito agradável.”
Gryazin iniciou a derradeira etapa de hoje com uma vantagem de 28,8 segundos. Após uma passagem cautelosa pela SS8, voltou a atacar na SS9, onde fez o melhor tempo e aumentou a margem para 34,8 segundos. E ampliou ainda mais a liderança na SS10, chegando à paragem para assistência em Córdoba com 39,9 segundos de vantagem.
Foi novamente o mais rápido na SS11 e partiu para a Power Stage com 42,9 segundos de margem, depois de Yoann Bonato, ao volante de um Citroën C3 Rally2 com pneus Michelin, ter vencido a penúltima especial e ter também sido o mais rápido na abertura de domingo.
Para Bonato, este pódio foi o sétimo no ERC. “É mesmo inacreditável,” disse o francês. “Queria o pódio, claro, mas no início foi difícil porque começámos em 12.º lugar. Esperávamos, no máximo, um top 5, mas acabámos em segundo, por isso está perfeito.”
José Suárez começou a segunda etapa na segunda posição, mas caiu para quarto depois de problemas na primeira especial da manhã, Cerrobejuelas. “Não sabíamos exatamente o que era,” disse o piloto do Škoda Fabia RS Rally2, depois de sofrer danos no pneu traseiro esquerdo e perder 39,7 segundos. “Faz parte do jogo, vamos continuar a lutar.”
Depois de cair para quarto na SS8, Suárez ultrapassou Andrea Mabellini na SS9 para recuperar o terceiro lugar e manteve-o até ao fim, com Mabellini a terminar em quarto e a conquistar os pontos máximos da Power Stage, ao volante do seu Škoda com pneus Pirelli.
Pepe López começou a SS10 em quinto, mas foi atrasado por danos no pneu dianteiro esquerdo e caiu para sexto atrás de Miko Marczyk.
Mads Østberg estava em sexto antes da Power Stage, mas caiu para oitavo devido a um problema na transmissão, enquanto Mille Johansson, campeão em título do ERC4/Junior ERC, conquistou o sétimo lugar na sua estreia no ERC1 com um Fabia Rally2 Evo equipado com pneus Hankook.
Stéphane Lefebvre e Simon Wagner completaram o top 10, seguidos por Jakub Matulka, Roberto Blach e o vencedor da Master ERC Championship, Jos Verstappen. O antigo piloto de Fórmula 1 foi informado no final da SS9 que o seu filho Max venceu o Grande Prémio do Japão.
Unai de La Dehesa e András Hadik completaram o top 15, mas Jon Armstrong e Robert Virves enfrentaram problemas na SS8, parando ao quilómetro oito. “Numa curva suja para a direita, saí largo, a jante partiu-se e também o amortecedor,” explicou Virves.
Armstrong relatou ter saído largo e embatido em “algo”, o que deixou o seu Ford Fiesta Rally2 com danos na suspensão.
A luta pelo título do ERC 2025 continua no próximo mês, com a transição do asfalto para a terra no VI Rally da Hungria (9 a 11 de maio).
