Nestas coisas dos números e das estatísticas do Rali de Portugal existe uma enorme tendência para se exagerar. Elementos ligados ao Turismo do Porto e Norte de Portugal falam em mais de 100 milhões de retorno financeiro e em 95% de ocupação hoteleira na região do Porto e nos 13 concelhos por onde passou a prova.
Fala-se também em 25.000 pessoas em Lousada, 7.000 em Guimarães a assistir ao arranque da prova e 20.000 pessoas terão passado pela Exponor. Alguém quer adiantar quantas pessoas estiveram no troço de Fafe?
Se é certo que houve zonas espetáculo carregadas de público também houve ZE´s com menor adesão. Apesar de ter sido um imenso sucesso em termos de público e da sua adesão à prova, felizmente não aconteceu o que muita gente pensava e, salvo algumas exceções, nunca houve caos no trânsito.
Excesso de zelo teve a organização quando resolveu fechar o acesso de carro a determinadas zonas espetáculo, obrigando muita gente a andar 3, 4, 5, 6 e até 7 quilómetros a pé para ver os carros passar.
A nota mais alta deste Rali de Portugal vai para o público. Foi uma prova exemplar em matéria de segurança. Agora resta que todas as organizações sigam o modelo e apliquem nas suas provas, como o público que vai continuar a acompanhar os ralis na estrada tenha aprendido muito com esta experiência no Rali de Portugal.
