CPR

Augusto Ramiro coloca o dedo na “ferida”

ramiroarcNo habitual comunicado de antevisão das provas do Campoenato de Portugal de Ralis, desta vez o protagonista foi Augusto Ramiro, responsável da ARC, que fala abertamente do problema dos combustíveis no CPR. Augusto Ramiro diz que os seus carros vão continuar a usar combustível 100% sustentável.

“Nunca fomos contactados pela FPAK para esta alteração de combustível, o que só foi feito por e-mail em cima da hora. A alteração do tipo de combustível, de sustentável para fóssil, implica obviamente alterações no mapeamento dos carros, para além de outros investimentos não programados. É surpreendente esta decisão, ainda por cima quando a FPAK até foi galardoada em 2024 com um prémio por ser o único país a utilizar gasolina sustentável no seu campeonato.

Quero lamentar que não haja diálogo entre a Federação e as equipas, para que todos percebam o que está em causa. Nem a ARC Sport, nem nenhum dos nossos pilotos foram informados sobre esta situação. A única vez que fomos contactados devido a este problema, foi na passada sexta-feira, pelo José Pedro Fontes que, penso, não ter legitimidade para tratar de assuntos que só dizem respeito à FPAK. Esta alteração, tomada com base em informações não verdadeiras, para favorecer uma equipa em particular, não prestigia o desporto automóvel, realçando que, por obrigatoriedade de compromissos comerciais e em particular por patrocinadores, seremos obrigados a utilizar o combustível 100% sustentável.

Nunca fomos contactados para esta alteração, a não ser em cima da hora. Espero que o bom senso impere e que se corrija o grave erro que se está a tentar fazer e que, deixa uma marca negativa para os responsáveis pelo desporto automóvel em Portugal. Discordo também de a obrigatoriedade da gasolina ser disponibilizada por um único distribuidor, o que deixa no ar algumas dúvidas. Quando a prova está a horas de ir para a estrada, não
posso deixar de concordar com a posição tomada pelos pilotos que não querem estar presentes nesta prova. A ARC Sport lamenta esta situação, mas tudo fará para que as coisas corram da melhor forma para todas as nossas equipas neste Rali de Castelo Branco”, disse Augusto Ramiro, responsável pela ARC Sport.

Piloto ARC preparados para Castelo Branco

Pedro Almeida e António Costa contam com uma vitória para o CPR 2025, e logo no Vodafone Rally de Portugal. A equipa pretende começar a ´fase de asfalto com um bom resultado: “Temos trabalhado muito com a ARC Sport na preparação desta fase de asfalto e fizemos um bom teste no Rali de Famalicão, que nos serviu para ‘sentir’ o Skoda Fabia com as necessárias mudanças para o asfalto. A temporada tem sido muito intensa, com todos os pilotos e carros a estarem muito próximos, e esta será uma diferença que vai encurtar ainda mais no asfalto, e esperamos estar à altura do desafio, conseguindo aproximar-me ainda mais dos melhores pilotos nacionais”, afirmou Pedro Almeida.

Ruben Rodrigues e Rui Raimundo estão igualmente dispostos a encarar de forma positiva a chegada do asfalto ao campeonato. Este vai ser um desafio novo para o piloto açoriano do Toyota: “É a primeira vez em asfalto e a estreia em Castelo Branco. As especiais são diferentes e muito rápidas, com cortes cirurgicos, situação a que não estou habituado e tenho de aprender. As expetativas são boas, mas a principal concorrência tem um bom conhecimento desta prova, com troços onde as diferenças podem ser mais acentuadas. O carro está com um comportamento muito bom e vou tentar ser mais rápido com o evoluir da prova”, disse Rúben Rodrigues.

Ernesto Cunha e Valter Cardoso, já conhecedores do Rali de Castelo Branco, pretendem lutar por um bom resultado: “Este rali já não é uma novidade para nós, mas conta sempre com uma dose de imprevisibilidade, pois tem especiais muito rápidas e onde a margem de erro é bastante pequena. Vamos fazer um bom trabalho de preparação para a prova e mantemos o nosso objetivo de ir atrás do Top-5 entre os nossos concorrentes do Campeonato de Portugal de Ralis.”, concluiu Ernesto Cunha.

Depois da ausência no Vodafone Rally de Portugal, Paulo Neto e Nuno Mota Ribeiro apontam para um regresso positivo: “O ano passado só fiz um rali em alcatrão e a nossa ideia é apontar para um resultado entre os dez primeiros classificados, pois existe um lote excelente de pilotos. É um rali rápido e muito competitivo, onde vamos tentar fazer o melhor. O carro está em excelentes condições para a prova, lamentando apenas esta situação criada à última hora com os combustíveis, com a qual não estou de acordo”, afirmou Paulo Neto.
O Rali de Castelo Branco e Vila Velha do Ródão arranca amanhã, sexta-feira, terminando na noite de sábado. Pelo meio irão estar 12 provas especiais de classificação.

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