Bruno Magalhães defende reputação
Depois de um período conturbado na sua carreira após o Vinho da Madeira de 2016, Bruno Magalhães não poderia ter melhor regresso à modalidade, obtendo no Azores Airlines Rallye uma excelente vitória, na estreia ao volante do Skoda Fabia R5, sendo a terceira nos Açores.
Demonstrando que merece o seu lugar “europeu”, Bruno Magalhães fez uma prova muito inteligente, pois na primeira fase do rali não correu risco ao mesmo tempo que foi colocando o Skoda a seu gosto, para depois atacar a posição de Moura quando se apercebeu que o açoriano estava em dificuldades com o seu Fiesta R5.
É certo que beneficiou da desistência de Lukyanuk, que ameaçou diversas vezes o abandono, que aconteceu na primeira passagem nas Tronqueiras, quando bateu numa pedra que abriu a direção ao Fiesta, mas Bruno Magalhães já estava bem na frente de Moura quando este também teve que abandonar em plena Lagoa de São Brás.
Ainda se perspetivou um final de rali emocionante entre Magalhães e Moura, que infelizmente não aconteceu, com o piloto do Skoda a fazer os dois derradeiro troços mesmo assim a um ritmo elevado, mas já sem pressão.
Com tanta desistência, as posições no pódio foram sendo ocupadas por pilotos que nunca estiveram na luta por esses lugares. Maijan Griebel subiu assim ao segundo lugar, ao volante do Skoda, enquanto no pódio aparece também Josh Moffett num Fiesta R5, a quase 5 minutos do líder, depois de um rali em que nunca foram protagonista, beneficiando do despiste no penúltimo troço de Jan Cerny por despiste.
Com o sexto lugar, Pedro Meireles fica no segundo lugar entre os concorrentes portugueses, mesmo depois de um prova algo apagada, somando um excelente resultado para as contas do nacional e ralis.
João Barros terminou o rali no 8º lugar, sendo o terceiro português, ficando na frente de Carlos Vieira que no primeiro troço do derradeiro dia teve uma saída de estrada que o fez perder duas posições. Com este resultado Joõa Barros passou para a liderança do Nacionald e Ralis.
Para o Campeonato dos Açores, Luís Miguel Rego, acabou por ser o melhor, mesmo depois de uma prova em que os travões foram um problemas, enquanto Ruben Rodrigues, na estreia do DS3 R5, apesar de alguns azares demonstrou uma excelente adaptação, somando já um segundo lugar.
Nas duas rodas motrizes nacionais Gil Antunes leva dos Açores uma vitória, mesmo depois de um rali com muitas incidências e duas penalizações.
Vencedores de Troços
Lukyanuk (6); Kajetanowicz (2); Ricardo Moura (1); Gryasin (1); Bruno Magalhães (5); Griebel (1);
Comandantes Sucessivos
Lukyanuk (Pec 1); Moura (Pec 2); Lukyanuk (Pec 3); Kajetanowicz (Pec 4 a 11); Bruno Magalhães (Pec 12 a 16)