A edição 55 do Rali Vinho Madeira teve Bruno Magalhães como vencedor, depois de um rali onde lutou mais contra o seu Peugeot 208 T16 do que contra os seus adversários.
Depois de um primeira etapa em que teve que ir afinando o 208 a seu gosto, o que conseguiu fazer antes do final desse dia, na segunda etapa foram os problemas mecânicos a dar que fazer a Bruno Magalhães, com a embraiagem do carro francês a ameaçar ceder a qualquer momento o que feliz para o piloto não veio a suceder.
Por outro lado, a prova não poderia ter tido melhor vencedor, já que o “internacional” piloto português é aquele que consegue dar mais visibilidade internacional à prova no âmbito dos ralis europeus, depois das suas anteriores vitórias e disputas pelo primeiro lugar.
José Pedro Fontes por certo não gosto de ver o dia cinzento nem o piso do troços molhado, nomeadamente no Rosário 1, onde perdeu demasiado tempo devido ás dificuldades de tração do seu Porsche. Fontes ainda tentou na ronda final pelos troços recuperar alguns segundos, nomeadamente em Rosário 2, onde arriscou muito, mas não ganhou tempo suficiente para alcançar a vitória na classificação FPAK desta prova.
Alexandre Camacho também não contava com os troços tão escorregadios na primeira fase deste segundo dia, perdendo muito tempo ao ponto de Miguel Nunes ter estado quase a roubar-lhe a posição. Porém, com os troços a secarem o piloto do Porsche voltou a alargar a vantagem e garantiu o terceiro lugar na classificação FPAK desta prova.
Já Miguel Nunes não se preocupou muito com isso, pois o segundo lugar nesta prova (FIA) foi oficialmente dele. O piloto do Lancer EVO X teve uma prestações muitíssimo boa e aproveitou ao máximo as potencialidades do seu carro para bater os seus adversários que tripularam máquinas bem mais competitivas.
O também Madeirense Bernardo Sousa subiu ao pódio da prova FIA, sendo quinto na prova FPAK, mas por certo que não terá gostado muito da sua prestação, mesmo tendo feito muito quilómetros em ritmo de competição como era sua intenção. Venceu dois troços, em momentos onde a experiência contava muito, mas não esteve perto sequer de lutar pela vitória, nem conseguiu neste segundo dia, já com o carro mais a seu gosto, superar Miguel Nunes.
Miguel Campos começou o dia com uma penalização de 1m50s, depois da equipa de assistência ter demorado muito mais tempo do que o permitido para mudar parte da cablagem do 208. Por isso, com a penalização, Campos rodou para cumprir calendário mas ainda venceu um troço. Sem dúvida, soube a muito pouco este regresso do piloto de Famalicão.
Filipe Freitas acabou no sétimo lugar (FPAK), conseguindo terminar uma prova com o seu Porsche, na frente de um surpreendente Luís Serrado (regressou esporadicamente aos ralis) que levou o seu Peugeot 206 S1600 ao 8º lugar.
VENCEDORES DE TROÇOS
Bruno Magalhães (7); José Pedro Fontes (6); Alexandre Camacho (1); Bernardo Sousa (2); Miguel Campos (1); Miguel Nunes (1)
LÍDERES DO RALI
Bruno Magalhães (Pec 1); José Pedro Fontes (Pec 2 a 5); Bruno Magalhães (Pec 6 a 18)
PILOTO DO RALI
Bruno Magalhães
MOMENTO DO RALI
Rosário 1, piso molhado tirou vantagem aos Porsche
MENOS DO RALI
Classificações FIA / FPAK
CLASSIFICAÇÃO FINAL
