Brutal polémica na Taça de Portugal
O despiste de Marco Cid no decorrer da quinta especial do Rali Casinos do Algarve, a vitória nesse troço de Carlos Fernandes e o segundo tempo de João Correia (com carros de Grupos diferentes), acabou (involuntariamente) por levar a uma inqualificável decisão do Colégio de Comissários que alterou por completo a classificação final da Taça de Portugal nas duas rodas motrizes, alterando também a classificação do pódio.
Recorrendo às Prescrições Específicas de Ralis, o Colégio de Comissários atribuiu a decisão dos tempos aos restantes concorrentes nesse troço (apenas dois pilotos concluíram) com base no seguinte:
18.16.2 – Para as restantes Provas Nacionais, não integradas em Campeonatos ou Taças FIA, e para a atribuição desse mesmo tempo a todas as equipas afectadas, os CD’s deverão escolher como tempo de referência, por Grupo, aquele que lhes pareça mais razoável, de entre todos os tempos efectuados pelas equipas que, anteriormente à interrupção ou paragem definitiva, hajam completado a PEC, em condições normais de competição.
18.16.2.1 – Se nenhuma viatura de um determinado Grupo, tiver completado até então, essa PEC, o tempo a atribuir às viaturas desse Grupo, será o pior dos que tiverem sido determinados pelos CD’s.
Desta forma, todos os carros de “Promoção” do regional obtiveram o tempo de Carlos Fernandes, e os restantes carros do Nacional e Grupo X, obtiveram o tempo de João Correia.
Desta forma, sem ter em conta a performance dos pilotos nos restantes troços, sem ter em conta a atribuição do mesmo tempo a todos os concorrentes que se seguiam a João Correia ou sem ter em conta que todos os concorrentes disputavam a Taça de Portugal, o Colégio de Comissários acaba por fazer com a que Paulo Santos ganhe no 5º troço 24,2s a Daniel Nunes, Wilson Aguiar e Paulo Neto!!!
Esta decisão levou a que fosse Paulo Santos a vencer as 2RM na Taça de Portugal e não Daniel Nunes, embora tenha havido igualmente muitos outros pilotos prejudicados, como é o caso de Gil Freitas, que assim perdeu o 3º lugar da geral.
Contactada a organização, a mesmo disse aceitar a decisão do Colégio de Comissários, pois ela é soberana, embora não esteja (como é óbvio) de acordo com a mesma.
No mínimo é inacreditável esta decisão do Colégio de Comissários.
PS: o Ralis Online quer deixar claro que nada move este órgão de comunicação contra qualquer piloto, apenas está em causa a decisão do Colégio de Comissários.