Editorial (05/05/2013)
Esta semana foi conhecida mais uma candidatura para a presidência da FPAK. Manuel de Mello Breyner, atual vice-presidente da FPAK, assume a rotura face ao passado, mas tal como acontece com a Artur Lemos, o primeiro candidato anunciado, ainda não conhecemos quais as suas medidas para o futuro do desporto automóvel e em particular para os ralis.
Para já é muito bom que existam dois candidatos anunciados e até era bom que pudessem existir mais um ou dois. Espero que com estes e com outros candidatos que potencialmente possam aparecer se faça o tão necessário debate público e com elevação sobre o rumo que o desporto automóvel e os ralis devem seguir.
Sendo certo que precisamos de medidas de curto prazo e de efeito imediato para 2014, o debate deveria centrar-se, na minha opinião, sobre o que queremos do nosso desporto automóvel a médio e longo prazo.
É preciso lançar as bases de um novo desporto automóvel para Portugal, não esquecendo nunca que se trata de um desporto de nicho, que em grandes eventos pode ser de massas, mas que tem um público muito específico que o consome regularmente.
Algo que deve ser assumido com clareza é a reforma dos estatutos federativos e a forma como as respectivas direções podem vir a ser eleitas no futuro, utilizando um sistema mais igualitário, que não seja propenso a compadrios e muito menos à eternização das direções nos seus cargos.
Nos ralis, por exemplo, deve haver avaliações das provas (bem diferentes das que existem atualmente) e critérios objetivos para as mesmas, de modo a que se potencie uma verdadeira rotatividade de provas entre campeonatos de diferentes escalões. Dessa forma estamos a apostar na qualidade organizativa em detrimento da rotina.
Espero vivamente que o necessário debate público seja feito entre as candidaturas (mesmo depois das eleições), de modo a que todos os que gostam de desporto automóvel em Portugal possam estar bem mais informados face ao silêncio que sempre imperou na FPAK.
Bons Ralis, mas em segurança!!!
Paulo Homem