Editorial

Editorial (16/07/2014)

editorial161114Sem querer e sem ser essa a sua intenção, a FPAK contribuiu decisivamente para clarificar uma questão que há muito se discute nos ralis.

A Taça de Portugal recém disputada no Rali Casinos do Algarve veio provar o que deveriam ser as provas do Nacional de Ralis.

Um rali em que todo o tipo de carros podem entrar, gerando uma diversidade de carros de rali em prova, e em que todos lutam pelo melhor lugar à geral.

Veio provar que deveria haver uma classificação reservada aos duas rodas motrizes.

Veio provar que as inscrições a 400 euros permitem que, mesmo em fim de época, existam listas de inscritos de pelos menos 40 equipas.

Provou-se também que não tem que haver necessariamente ralis longos para que exista emotividade.

Também se provou que o caminho a seguir passa pela redução de custos. Aliás, este será o mote principal para que os ralis tenham futuro.

Ficou também provado que existe muito trabalho para se fazer em termos regulamentares. Foi demasiadamente mau para os ralis o que se passou no final da prova, onde não existiu bom senso. Por outro lado, atribui-se um título numa competição que não teve regulamento!!! Existiu regulamento do rali, mas não houve regulamento da Taça de Portugal.

Veio provar-se também que, em matéria de segurança, não se aprendeu nada com o que aconteceu no Rali Sprint de Guimarães, ao permitir zonas excessivamente rápidas com médias por troço de 136 km/h!!!!

Esperemos que se tenha aprendido a lição e que os sinais dados por esta Taça de Portugal sejam interpretados por quem de direito para que os ralis entrem num novo ciclo.

Bons Ralis, mas em segurança!!!

Paulo Homem

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