CPR

Magalhães aproveitou bem a chuva e os pneus

MAGDIA1RALI VINHO MADEIRA – 1ª ETAPA

Embora não seja surpreendente ver Bruno Magalhães na liderança do Rali Vinho Madeira, certamente que os prognósticos apontavam para outro desfecho no final do primeiro dia, mas o piloto da Hyundai teve uma excelente prestação que lhe permitiu subir (regressar) ao primeiro lugar quando a chuva baralhou as contas do rali.

Depois de vencer a super especial, Bruno Magalhães tudo fez para ser manter nos primeiros lugares ao longo do dia e, mesmo quando perdeu a liderança para Alexandre Camacho no terceiro troço, foi sempre o piloto que mais pressionou o seu adversário e, a conjuntura, aliado à sua rapidez neste rali, acabou por o favorecer, quando na derradeira fase do rali a chuva beneficiou claramente quem se apresentou com a borrachas da Michelin… como era o caso do Hyundai de Magalhães.

Alexandre Camacho passou grande parte do dia a amealhar segundos atrás de segundos e chegou mesmo a ter 15,3s de vantagem à entrada da derradeira especial, para nesse último troço perder mais de 23s, porque os Pirelli não lhe deram a confiança necessário para arriscar no piso molhado.

Porém, o piloto viria ainda a ser penalizado em 11,3s, no final da etapa (pelo colégio de comissários), que devido ao despiste de Alejandro Cachon (na quinta especial) levou Miguel Nunes a passar mais lentamente pelo local, quando Alexandre Camacho não o fez. Como tal o Colégio de Comissários deu o mesmo tempo que Miguel Nunes tinha feito nesse troço a Alexandre Camacho, penalizando-o em 11,3s. Quer isto diz que, a desvantagem de Camacho para Bruno Magalhães, no final do dia, não foi de 8 segundos, mas sim de 19,3s. Polémico, no mínimo!!! Um assunto que ainda irá fazer correr alguma tinta, até porque a equipa de Alexandre Camacho apelou da decisão.

Num rali em que foi bastante rápido, sobretudo da parte da tarde, José Pedro Fontes terminou o dia no 3º lugar, escalando diversas posições até ao pódio, tendo ganho ainda um troço à geral, sendo ainda segundo classificado nas contas do Campeonato de Portugal de Ralis.

Armindo Araújo está no quarto lugar, depois de uma excelente primeira etapa. Em momentos chave não pretendo arriscar nada, mas o seu ritmo foi muito interessante para quem apenas precisa de gerir a sua prova e vê que o seu principal adversário, Miguel Correia, está três posições atrás.

Não teve um dia fácil Miguel Nunes. A espaço conseguiu impor o seu ritmo (e vencer troços), mas noutros momentos teve muito dificuldade em se entender com o seu Skoda no molhado que estava com pneus Pirelli, sobretudo na derradeira especial. Para quem devia estar a lutar pela vitória, os 43,3s de desvantagem para a liderança e o mais de 20s de desvantagem para Camacho certamente não era o resultado que Nunes esperava nesta fase da prova.

Bernardo Sousa não tem dado nas vistas, mas o sexto lugar é perfeitamente explicável pela missão que o piloto tem nesta prova, que passa por fazer muitos quilómetros e em ritmo competitivo, pelo que acaba por ser um excelente lugar nesta fase do rali.

Já muito atrasado e sem grandes explicações a dar para o seu andamento, Ricardo Teodósio nunca quis arriscar, nomeadamente na chuva, e como isso foi perdendo muitos segundos, deixando o piloto completamente fora da luta pelo pódio, pelo menos nas contas do CPR.

Pior ainda esteve Miguel Correia. Esperava-se mais do segundo classificado do CPR, mas a verdade é que o seu andamento não tem estado ao nível que nos habituou este ano, perdendo demasiado tempo ao longo dia.

VENCEDORES DE TROÇOS
Bruno Magalhães (2), Alexandre Camacho (3); Miguel Nunes (3); José Pedro Fontes (1)

COMANDANTES SUCESSIVOS
Bruno Magalhães (Pec 1 e 2); Alexandre Camacho (Pec 3 e 8); Bruno Magalhães (Pec 9)

CLASSIFICAÇÃO 1º DIA
MAD1DIACLAS22

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