O Campeonato de Portugal de Ralis entra na sua fase de asfalto e com ela podem começar a ficar mais definidos os candidatos ao título de 2023. O Rali de Castelo Branco costuma ser disputado ao segundo e os principais pilotos sabem que não podem errar nem furar, pois se isso acontece as aspirações ao título (tirando Miguel Correia) podem ficar comprometidas.
Em Castelo Branco está muita coisa em jogo no que à luta pelo CPR diz respeito e logo a começar pelo surpreendente Miguel Correia que tem neste rali uma imensa prova de “fogo”. Tem 20 pontos de avanço nas contas do CPR, mas sabe que vai enfrentar a fase mais difícil da temporada, com a entrada do asfalto, onde nunca venceu, nem nunca esteve propriamente perto de discutir a vitória à geral. Porém, tem a seu favor a motivação de ser líder destacado do CPR, conhecer bem o rali, ter feito tempos muito interessantes no recente Rally de Lisboa e eventualmente beneficiar de alguma ajuda dos outros candidatos que não o segundo classificado.
De Ricardo Teodósio espera-se tudo. Nem sempre o entendimento com o Hyundai tem sido o melhor, mas quando tal se verifica tem que se contar com o algarvio para lutar pela vitória. Nesta prova quer se aproximar do primeiro lugar do CPR e, por isso, pode também beneficiar de resultados alheios para ficar mais próximo de Correia, mas se vencer poderá ver muito encurtada a sua desvantagem na corrida ao título.
Porém, um dos três principais candidatos à vitória, no nosso entender, é José Pedro Fontes. O portuense da Citroen sabe que entra numa fase do campeonato que lhe tem sido favorável (foi dos pilotos que mais pontos somou na fase de asfalto em 2022 e já possui diversas vitórias nesta prova) e, em 2023, tem ambições mais que legítimas a chegar ao título, pois a diferença pontual para o primeiro no CPR não é assim tão grande.
O segundo mais candidato de todos a vencer é Armindo Araújo. A recente demonstração de “força” no Rally de Lisboa deve ter deixado os adversários apreensivos, tanto mais que o seu novo Skoda pode ser ainda mais eficaz no asfalto de Castelo Branco. Armindo chega a esta prova com a rodagem ao volante do novo Skoda feita e possui na bagagem quatro vitórias consecutivas na prova.
O maior candidato ao primeiro lugar é mesmo Kris Meeke, que nesta fase do CPR não terá praticamente grandes chances de almejar o título. Porém, as suas prestações podem vir a condicionar muito a luta pelo título dos restantes quatro pilotos, já que o piloto britânico se vencer (que é aquilo que se prevê, mesmo não disputando nenhuma prova em asfalto desde 2019) e ganhar ainda a Power Stage, irá roubar pontos a todos, beneficiando por isso, quem se encontra no topo da tabela do CPR.
Quanto a outsider´s, Bernardo Sousa será uma dos principais, tanto mais que vai disputar um rali que já conhece, enquanto Pedro Meireles é sempre uma incógnita, embora no asfalto de Castelo Branco poderá intrometer-se na luta dos primeiros.
Muitíssimo interessante de seguir vai ser também a luta pela vitória nas duas rodas motrizes, onde aparecem uma lista muito grande de candidatos, como será também muito interessante de seguir a prestação dos jovens “lobos” da FPAK Junior Team, competição que se estreia em 2023 no CPR e que tão bons frutos deu em 2022.
CAMPEONATOS/CLASSIFICAÇÕES
Absoluto 2RM
1º, Miguel Correia (4 pontuações) 82 pontos 1º, Ernesto Cunha (4)64,5 pontos
2º, Ricardo Teodósio (3) 62 2º, Ricardo Sousa (2) 54
3º, José Pedro Fontes (4) 54 3º, Gonçalo Henriques (3) 53,5
4º, Armindo Araújo (2) 48 4º, Hugo Mesquita (4)48
5º, Pedro Almeida (4) 46 5º, Hugo Lopes (3) 36
6º, Lucas Simões (4) 34 6º, Daniel Nunes (1) 26
7º, Craig Breen (1) 28 7º, Anton Karzun (3) 26
8º, Kris Meeke (1) 28 8º, Pedro Silva (3) 22
9º, Bernardo Sousa (2) 27 9º, Rafael Cardeira (3)21
10º, Pedro Meireles (2) 23 10º, Kevin Saraiva (2)18
Júnior
1º, Hugo Lopes (3) 70 pontos
2º, Gonçalo Henriques (2) 53
3º, Kevin Saraiva (2) 40
4º, Gonçalo Fernandes (2) 32
5º, José Quintas (3) 32
6º, Dário Rebelo (2) 31
7º, João Andrade (1) 14
8º, Guilherme Meireles (1) 12
8º, Eduardo Santos (1) 12
