
Depois de um arranque de temporada marcado pela consistência e por vitórias sucessivas, a TOYOTA GAZOO Racing Caetano Portugal não conseguiu concretizar os objetivos delineados para o Rali da Água Transibérico Eurocidade Chaves-Verín. A sétima e penúltima prova do CPR revelou-se madrasta para a formação, que viu a sua participação terminar mais cedo do que o esperado, após dois dias repletos de contratempos.
Na sexta-feira, problemas técnicos na válvula pop-off (peça FIA) desde a primeira classificativa penalizaram fortemente Kris Meeke e Stuart Loudon, que perderam cerca de dois minutos e ficaram desde logo afastados da luta pelos lugares da frente. No sábado, a esperança de recuperação caiu por terra após um furo na primeira especial da manhã. Esse furo ainda danificou um tubo do sistema de travagem, que obrigou Meeke a ter ainda mais cautelas. Pouco depois, uma saída de estrada ditou o abandono definitivo, num desfecho frustrante para a equipa.
Apesar do infortúnio, Kris Meeke destacou a competitividade do carro e manteve o foco no grande objetivo da temporada: “Foi um fim‑de‑semana difícil desde o primeiro momento. Tivemos problemas técnicos logo na primeira especial, o que nos colocou em desvantagem. Na primeira especial de sábado de manhã tivemos ainda um furo, que acabou por danificar o tubo do sistema de travagem, deixando o carro difícil de conduzir. Acabei por ser apanhado desprevenido numa descida, o que nos obrigou a abandonar.”
O piloto britânico destacou, contudo, que o Toyota GR Yaris Rally2 se mostrou “fantástico de conduzir” sempre que tudo funcionou bem, e que a equipa continua a acreditar no seu potencial: “Apesar dos contratempos, sabemos que temos velocidade e que o carro é competitivo. Agora, tudo se vai decidir no rali final, no Vidreiro. Vamos preparar-nos da melhor forma e manter a confiança, mas sabemos que confiança por si só não ganha ralis: temos de concluir o trabalho.”
Meeke sublinhou que o campeonato ainda está em aberto e que a última prova será decisiva: “O campeonato é curto, com apenas oito ralis, e podemos descartar uma pontuação. Vai ser equilibrado, mas estamos confiantes e prontos para lutar até ao fim.”
Apesar de um fim de semana difícil em Chaves e Verín, a TOYOTA GAZOO Racing Caetano Portugal mantém intactas as ambições no CPR. Tudo se decidirá na derradeira prova da temporada, o Rallye Vidreiro Centro de Portugal, agendado para 17 e 18 de outubro, onde a formação entrará determinada em lutar pelo título e fechar a época de forma brilhante.