O Leiria Festival Rallye tem sempre muita história para contar, pois ao redor desta prova existe uma mística especial que advém do facto de ser um rali sem cronometragem. Trata-se por isso de um evento onde há lugar para todo o tipo de pilotos: os que estreiam um carro de ralis, os que querem dar espetáculo, os que pretendem preparar a próxima temporada e os que se querem apenas divertir.
Para além dos vencedores obtidos por votação online, o Núcleo de Desporto Motorizados de Leiria atribui ainda mais alguns prémios. Assim, Miguel Paião e o seu “clássico” Nissan Micra, venceu entre os pilotos que tinham o carro mais original e histórico. O prémio de melhor réplica Réplica foi para o Fiat 131 Abarth do José Grosso, com aquela decoração icónica da Alitalia.
Mário Santos foi a Leiria testar o seu “novo” Peugeot 208 Rally4, com o qual já tinha feito o Rali de Cantanhede. O objetivo foi fazer quilómetros para em 2026 disputar, eventualmente, o Portugal Rally Series, atendendo a que nos regionais esta viatura ainda não pode pontuar.
Equipas espanholas marcaram forte presença no Leiria Festival Rallye, muitos deles com carros de pequena cilindrada e outros um pouco mais competitivos. O que é de realçar é o espírito com que marcam presença neste evento, onde são muito bem recebidos. Por isso é que alguns já marcaram presença em 2026.
Sendo uma rali descontraído e sem competição ao cronómetro, mesmo assim não deixa de ser uma prova que acaba por ser acompanhada por muito público, sobretudo nas zonas espetáculo, incentivando sempre os pilotos a darem o seu melhor. Nem algumas provas do Campeonato de Portugal têm tanto público a assistir, o que revela bem o interesse de trazer ralis para as capitais de distrito.
Por lá também se falou muito num Campeonato de Portugal de Ralis de 2026 e das eventuais danças de cadeiras (leia-se de equipas e pilotos). Quanto a troféus, a Renault irá continuar com o seu Renault Clio Rally5 e, tudo indica, que fará cinco provas (todas no CPR), duas delas em pisos de terra.
Paulo Peres apareceu com o seu Citroen DS3 R5 com o qual tem feito poucas provas. O piloto de Tomar quer em 2026 regressar com um pouoc mais de assiduidade, fazendo 4 ou 5 provas, na região centro, a começar pelo Rali Vidreiro.
Carlos Fernandes regressou aos ralis com o seu Porsche, depois do azarado acidente no Rallye Constálica Viseu Deu Lafões. O objetivo foi testar a máquina a ver se tudo funciona como deve ser, de modo a preparar algumas presenças em diversos ralis em 2026. Como é óbvio o espetáculo também não faltou.
O final do Leiria Festival Rallye é sempre uma autêntica apoteose, com os diversos pilotos a terminarem a prova na rotunda em frente ao parque de assistência. Uma excelente maneira de terminar a prova, com espetáculo, muito barulho dos motores e emoção extra, sem esquecer o fogo de artifício. Começa a ser uma boa tradição!!!
