CPR

Soltas Rali Vidreiro 2022 – 2

bernardoO Campeonato de Portugal de Ralis terminou em alta, com uma excelente prova do ponto de vista desportivo, mas continua-se a assobiar para o lado no que diz respeito a questões regulamentares. Já não falo dos reconhecimentos irregulares, com o clube organizador a ser alertado de tal, tanto mais que emitiu um comunicado alertando os pilotos para cumprirem as velocidades, mas sim dos controlos horários. Não sendo inédito, não houve parque fechado antes da partida do rali, isto é, as equipas saiam diretamente da assistência para o controlo horário de partida para depois seguirem para o primeiro troço. Depois a questão da penalização a Armindo Araújo, que foi justa à luz do controlo que as equipas têm que fazer, mas injusta por outro lado, por não terem sido cumpridos alguns pressupostos regulamentares (que tem a ver com a distância das placas de controlo). Não são só os pilotos que têm que assumir as suas responsabilidades, são também os clubes organizadores.

Uma das frases do rali pode muito bem ser atribuída a Pedro Ruivo, piloto que disputou este Rali Vidreiro ao volante de um Kia Picanto GT: “…uma coisa que tenho aprendido nos ralis é que o mais difícil é manter o carro na estrada, tudo o resto é demasiado fácil como colocar o carro fora de estrada”.

Já se começa a falar da próxima temporada, mas ainda há uma Taça de Portugal de Ralis a disputar e que atribui um título importante. O Rali Casinos do Algarve poderá vir a contar com alguns pilotos de topo do CPR, muito possivelmente Ricardo Teodósio, mas outros irão avaliar a sua participação. É pena não se ter promovida a Taça de Portugal de Ralis em larga escala durante o Rali Vidreiro.

Com a notícia de que o Rali dos Açores poderá não estar integrado no CPR em 2023, as águas começaram de pronto a agitar-se. Teme-se que a FPAK possa retirar também o Rali de Portugal do calendário do CPR 2023, o que não é bem visto por alguns pilotos com fortes apoios institucionais. Armindo Araújo disse mesmo que “se não houver provas do CPR em 2023 que garantam o retorno aos meus patrocinadores, poderei pensar noutras participações onde garanta esse mesmo retorno”.

Apeara do perfeito absurdo que é disputar uma prova do Campeonato de Portugal de Ralis no mesmo fim-de-semana que uma prova do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno, sem esquecer o Estoril Classic, a verdade é que o Rali Vidreiro contou com uma muito interessante moldura humana nos troços e mesmo na Marinha Grande, provando que os ralis nesse aspeto estão de boa saúde e, cada vez mais, com público feminino, arrastado pela presença de Bernardo Sousa nos troços.

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