Soltas Rali Vidreiro 2023
Grande ambiente na Marinha Grande para o Rali Vidreiro Centro de Portugal 2023, com uma enorme expetativa face ao desenrolar da prova. Nas hostes dos candidatos ao título alguma tranquilidade, embora existia alguma preocupação face à possibilidade de chuva que não se concretizou.
A primeira má notícia do rali foi a forte saída de estrada de Bernardo Sousa ainda nos testes de preparação para a prova na quinta feira de manhã. O carro ficou muito destruído e a época acabou mais cedo, logo num rali em que a imagem é sustentada na imagem do seu Citroen C3 Rally2.
Kris Meeke terminou o primeiro dia do Rali Vidreiro Centro de Portugal, tendo atrás de si os quatro candidatos ao título. Ricardo Teodósio é, para já, quem se encontra em vantagem, 1,2 segundos na frente de José Pedro Fontes, com Miguel Correia a 2.1 e Armindo Araújo a 4.8s, respetivamente.
As diferenças ditadas na etapa resultaram da classificativa de Alcobaça (10,29 km), que apresentava uma zona de piso molhado e alguns pilotos chegaram mesmo a deparar com alguns chuviscos, sucedendo-se os… calafrios. E a maior “vítima”, mesmo assim com alguma sorte à mistura, foi Armindo Araújo, que deu um “toque” logo no início e perdeu 6 segundos para José Pedro Fontes. Também Fontes e Teodósio não escondiam ter passado por alguns momentos de apuro, enquanto Miguel Correia confessou ter sido prudente na abertura da decisão do título.
Depois, na super-especial, Armindo recuperou algum tempo, mas foi Teodósio quem saltou para o primeiro lugar do CPR, enquanto lá na frente Meeke e o jovem espanhol Alejandro Cachón (Citroen C3 Rally2) mantinham os dois primeiros lugares a nível absoluto.
Nas 2 RM (duas rodas motrizes), Hugo Lopes teve um início complicado (“foi o meu pior troço da época, pois alterei as afinações do carro sem fazer qualquer teste antes deste rali e passei um mau bocado…”, desabafava o piloto de Viseu), mas nem isso o impediu de concluir o dia na liderança, com 2.2 segundos de vantagem sobre Ricardo Sousa, enquanto Gonçalo Henriques ocupava a terceira posição a um décimo daquele último. Ernesto Cunha, o campeão em título e ainda na corrida à sua renovação, perdeu bastante tempo na “especial” de Alcobaça, ao “ficar parado num gancho”, comprometendo as suas aspirações.
Uma das grandes novidades desta prova foi a presença de dois novíssimos Renault Clio Rally3, conduzidos por Rui Lopes e Nuno Carreira. Apesar de semelhantes a qualquer Renault Clio Rally4 ou Rally5 (a principal diferença está na asa traseira), o pequeno carro francês deu excelentes indicações nesta estreia.