Muito se falou e comentou sobre o acidente entre Ernesto Cunha e Kevin Saraiva, que resultou numa penalização ao jovem piloto de 1000 Euros, que foi de alguma forma reconhecida pelo piloto, fruto da sua inexperiência.
Num rali em que o controlo GPS da Anube foi vedado (apenas a organização tinha acesso, quando em todas as provas qualquer pessoa tem acesso), a organização do rali sabia que o carro estava parado e que já tinham passado por ele dois outros concorrentes, tempo mais que suficiente, até por o incidente foi no início do troço, para que o mesmo fosse parado. A culpa não pode morrer solteira!
Mais ainda, atualmente a um jovem piloto, que inicie a sua carreira é lhe permitido correr de pronto com um carro qualquer, mas pior ainda é que a licença é lhe passada sem que os “jovens” pilotos tenha formação ao nível da segurança. Por isso, mais uma vez, a culpa não pode morrer solteira e a FPAK tem toda a responsabilidade nas consequências deste tipo de incidentes.
Porém, o caso Kevin Saraiva não pode terminar aqui. Aliás, começou bem antes, no Shakedown, quando ao efetuar o gancho junto ao campo de golfe, partiu a direção do seu Peugeot 208 Rally4. O carro ficou a cerca de 30 metros de uma saída de segurança, sendo por isso muito fácil de retirar no meio do troço, com o piloto e a navegadora a tomarem os necessários procedimentos de segurança. Mas, por incrível que pareça, o carro de Kevin Saraiva permaneceu no troço (do lado de fora do gancho) mais de uma hora, com mais de 30 concorrentes a passarem por ele e a terem que corrigir alguns deles a sua trajetória para não baterem no carro (alguns até fizerem pião). O shakedown em momento algum foi interrompido, quando era imperativo tirar o carro da posição em que estava por questões de… segurança!!!
