Bem se pode dizer que a Taça de Portugal é a prova rainha dos ralis em Portugal. Tal como algumas provas do CPR, também o Rally de Lisboa investe sempre para inovar e para elevar a sua organização e, este ano, apesar da muita chuva que caiu, esteve mais uma vez (globalmente) muito bem. A ambição é subir ao Campeonato de Portugal de Ralis e não existe margem para dúvidas que esta prova tem tudo para poder escalar ao topo dos ralis nacionais. Que sejam divulgados os relatórios pela FPAK!!!
Fazer passar um rali pela Marina de Cascais e pelos troços da Serra de Sintra, numa altura de tantas restrições à mobilidade nesses locais — e ainda por cima com carros a combustão que fazem barulho — não deixa de ser uma vitória para o CPKA. Para além disso, a organização teve de ultrapassar toda a burocracia camarária e as exigências das várias entidades ligadas à mobilidade, à floresta, ao ambiente e a muitas outras “coisas”.
Pedro Lago Vieira recebeu no final o Prémio Revelação, atribuído pela organização. A sua prestação ao longo do rali e o terceiro lugar alcançado valeram-lhe este pequeno troféu — que também poderia muito bem ter sido entregue a Pedro Câmara ou a Ricardo Sousa.
Por falar em Pedro Lago Vieira — possivelmente já com os olhos postos na vitória no Portugal Rally Series — esteve em Lisboa a pensar e a preparar a próxima temporada. O piloto revelou que está a tentar montar um projeto com um Rally2, para disputar diversas provas (ou mesmo a totalidade) do Campeonato de Portugal de Ralis de 2026.
Dois pilotos estão de saída da Peugeot Rally Cup. Ricardo Sousa afirmou que se fechou um ciclo na sua carreira nos ralis e que, por isso, as duas rodas motrizes deixaram de ser uma hipótese. O piloto irá agora falar com o promotor do troféu (a Sport&You) e começar a preparar a próxima temporada, já aos comandos de um 4×4, onde pelo menos terá garantida uma prova ao volante de um Rally2.
O outro piloto que se despede da Peugeot Rally Cup é Gil Antunes. Mesmo terminando o ano com vitória, o piloto reconheceu, com humor, que “os jovens lobos andam com um ritmo que já não é para a minha idade”. Em 2026, Gil celebra 20 anos de carreira e pretende montar um projeto de cinco a seis provas, com o apoio dos seus patrocinadores, ao volante de um 4×4, que poderá até marcar o regresso ao Dacia.
