
José Pedro Fontes e Inês Ponte confirmaram hoje o quarto lugar no Campeonato de Portugal de Ralis, na derradeira prova da temporada 2025, o Rallye Vidreiro Centro de Portugal. A dupla do Citroën Rally Team, ao volante do Citroën C3 Rally2, conquistou o sexto lugar, suficiente para ficar à porta do pódio.
Numa prova marcada por dificuldades, Fontes nunca virou a cara à luta e mostrou uma resiliência reservada aos campeões. O resultado não foi o desejado, mas o suficiente para encerrar o ano no quarto lugar, a melhor posição possível à entrada para este rali.
A prova começou de forma algo morna para Fontes e Ponte. O sétimo lugar conquistado na PEC1 e o quinto na PEC 2 refletiam uma opção de afinação que não se adequou à pouca aderência, especialmente do primeiro troço, que devolveu um tempo atípico para o piloto portuense. O segundo troço já permitiu um ataque mais afoito, mas o nível de dureza escolhido para a suspensão deu mais trabalho à dupla do C3 Rally2. Na Super Especial do Pombal, as dificuldades no reconhecimento promoveram um erro que levou a mais uma perda de tempo, num dia que acabou por não ser positivo para José Pedro Fontes.
Na manhã de sábado, Fontes tentou recuperar e assinou o sexto melhor tempo na PEC 4 e na PEC5, melhorando um pouco na PEC6, regressando ao sexto melhor tempo na PEC7. No final da manhã, o piloto do Citroën Rally Team reconheceu que os tempos não estavam a sair como queria. No entanto, a equipa concentrou-se em encontrar soluções para permitir melhorar os registos nos últimos troços da prova. Ciente que seria difícil alcançar os lugares cimeiros, Fontes atacou, mas de forma ponderada, sabendo que o quarto lugar final estava ao seu alcance. Terminou o rali em sexto, e fechou o ano às portas do pódio.
Para José Pedro Fontes, foi um fim de semana difícil, mas o prémio final acabou por ser positivo: “Não era este o resultado que ambicionamos quando chegamos aqui ao Rallye Vidreiro. Uma prova excelente, com troços muito bons, e com mais público na estrada, o que é sempre de louvar. Olhando à nossa forma recente, apontávamos para a luta pelo pódio, mas na sexta-feira não conseguimos fazer os tempos pretendidos, com uma afinação demasiado macia a não permitir mais. Hoje tentámos tudo, mas não conseguimos chegar aos lugares que queríamos. Terminamos este rali com o sexto lugar, que não reflete a valia do carro e da equipa, mas, por vezes, os ralis são assim. 2025 foi um ano exigente, com altos e baixos, mas a equipa nunca virou a cara à luta, eu e a Inês demos sempre tudo. Os resultados no Rali da Madeira e no Rali da Água mostraram um pouco do nosso andamento…
Termino esta temporada com um quarto lugar, orgulhoso do trabalho da equipa, e com a consciência de que tudo fizemos para estar sempre entre os melhores, num CPR cada vez mais competitivo, mais exigente e mais apelativo. Parabéns aos vencedores e honra aos vencidos. Temos um campeonato de grande qualidade e é um privilégio fazer parte desta festa, que reúne cada vez mais público.”