Ainda que não terminando o 14.º Além Mar/XXXVI Rallye Ilha Lilás, Henrique Moniz repetiu a façanha alcançada em Santa Maria pelo seu segundo condutor, Jorge Diniz, e revalidou virtualmente o título das 2RM no Campeonato dos Açores de Ralis. A diferença pontual para o segundo classificado foi suficiente para garantir, ainda que virtualmente, o título a Moniz que dessa forma junta ao seu palmarés a terceira vitória absoluta nas “duas-rodas-motrizes” açorianas.
“Estamos muito satisfeitos por termos atingido o principal objetivo a que nos propusemos este ano. Fizemo-lo comprovando a validade do nosso projeto, do qual não é alheia a aposta dos nossos patrocinadores. Quero manifestar o meu profundo agradecimento e reconhecimento pelo voto de confiança que recebemos no final do ano passado ao propormos um projeto novo para este ano. Este título, mais do que meu, é vosso” afirma Henrique Moniz.
Convidado a balancear o desempenho da equipa em 2014, Henrique Moniz destaca “o SATA Rallye Açores e o Rallye Além Mar Santa Maria foram as provas que melhor corresponderam às nossas expetativas, não só pelo resultado mas também pela prestação. Conseguimos homogeneidade com o carro, de forma até muito precoce no SATA, e conseguimos sempre impor o nosso desígnio em querermos ser os melhores. Já as restantes provas não correram tão bem, por responsabilidade minha, fosse por limitação pessoal ou por alguma afinação menos bem conseguida”.
A prestação da equipa no 14.º Além Mar/XXXVI Rallye Ilha Lilás, apesar de no final nada ter complicado as contas a equipa, ficou aquém das expetativas. Henrique Moniz começa por explicar que “depois da prestação em Santa Maria, esta prova seria como um tira teimas: ou estamos mais rápidos ou, na realidade, Santa Maria foi obra do acaso e o resultado por nós alcançado foi resultado de um andamento menos forte dos homens da frente”. Continua o piloto da HM Sport, relatando que “já na sexta-feira havíamos sentido o nosso carro a falhar. Não sendo apologista de dar tudo nas Super Especiais de abertura para não comprometer resultados muito cedo, ainda tentamos dar algum espetáculo. No sábado foi o descalabro: não conseguimos de forma alguma engrenar velocidades no carro e vimo-nos forçados a abandonar”.
PRESENÇA EM CASTELO BRANCO
Com olhos postos no futuro, as aspirações de Henrique Moniz e da HM Sport, equipa apoiada pelas Tintas Barbot, Lubrificantes ENI, Modo Eficiência Construções, André Feliciano – Seguros Mediações, DMACK Tyres, ACB Racing, AutoBarbosa e DecoRacing. passam já por voos mais altos: a participação da equipa, ainda este ano, numa prova do Nacional de Ralis. O Rali de Castelo Branco é a prova escolhida e Henrique Moniz apenas precisa ver confirmada a “saúde” do Citroen DS3 R3T para poder alinhar na prova.
“Já há algum tempo que vínhamos sentindo a necessidade de ombrear e medir forças com outros pilotos, ao nível das duas rodas motrizes. Essa vontade aliada também ao desenrolar da modalidade nos Açores, que nos últimos tempos tem assistido a vários episódios caricatos, incentiva-nos a procurar mudar de ares, ainda que apenas numa prova, onde iremos de certeza colher ensinamentos e quiçá preparar o nosso futuro. Daí escolhermos participar no Rali de Castelo Branco, estando agora a nossa participação, tal como no último rali nos Açores, condicionada à avaliação por parte da Citroen Sport da nossa eletrónica, para eles enviada logo após o nosso abandono no Lilás, correndo ainda o risco de termos que enviar a caixa de velocidades, caso nada detetem com os órgãos mecânicos que já possuem”, conclui Henrique Moniz.
Henrique Moniz e Jorge Diniz
