Todos “contra” Armindo
A terceira prova do Campeonato de Portugal de Ralis será o primeiro momento muito importante desta temporada por diversas razões.
Para Armindo Araújo, dominador das duas primeiras provas (falando dos pilotos que irão disputar toda a competição), poderá ser um momento de grande afirmação na temporada, tendo em conta que ficar na frente de todos os seus adversários diretos (isto é, vencer) poderá dar ao piloto uma enorme vantagem para gerir na restante temporada, sobretudo naqueles ralis mais complicados, como exemplo o Vinho Madeira. Mesmo um mau resultado, fora dos três primeiros, não é greve para o piloto da Skoda, depois do grande início de temporada que fez.
Quanto a Bruno Magalhães, nesta fase o seu mais direto adversário, está só a 14 pontos de distância na luta pelo primeiro lugar do CPR. Nesta fase da temporada, o piloto quer aspirar a uma vitória, de modo a tentar reduzir essa desvantagem, mas a grande incógnita será novamente as suspensões. Se esse problema, que se verificou nas duas primeiras provas, estiver resolvido, certamente que Bruno Magalhães poderá lutar pela vitória.
Também candidato à vitória, Ricardo Teodósio é o piloto com maior pressão nesta prova, pois a única coisa que não pode mesmo acontecer ao piloto algarvio é um mau resultado. Depois da exibição “fabulosa” de 2021, Teodósio quase tem tudo para vencer, embora, tal como o seu colega de equipa, terá que espera que o acerto do seu Hyundai revele uma forma que ainda não teve esta temporada.
Um dos outsider´s desta prova será novamente Miguel Correia. Em 2021 chegou a discutir a vitória até ao derradeiro troço, pelo que este ano quererá certamente fazer a mesma coisa, tanto mais que conhece o rali muito bem, está muito habituado ao Skoda e motivação não lhe faltará depois de um bom início de época.
José Pedro Fontes poderá aspirar a um pódio, será esse mesmo o seu objetivo para esta prova, tentando dessa forma limitar as perdas nos ralis de terra para depois estar mais à vontade quando chegarem os ralis de asfalto.
De acordo com as classificações que estão no site da FPAK, todos os pilotos inscritos no CPR e CPR 2RM pontuam à geral (e ainda bem), o que quer dizer que um furo, por exemplo, poderá fazer com que qualquer dos pilotos possa perder muitas posições e pontuar muito menos do que sucedia em 2021. Não deixa de ser um pormenor, mas que consideramos muito importante em relação a uma maior verdade desportiva.