
Depois de um primeiro dia em que não teve qualquer oposição, Hugo Lopes / Magada Oliveira geriram no segundo dia a vantagem no Rallye Constálica Viseu Dão Lafões, não querendo correr quaisquer riscos, até porque a chuva trouxe outros desafios, obtendo uma excelente vitória na sua prova caseira e candidata ao CPR.
A chuva foi a grande novidade no segundo dia do Rallye Constálica Viseu Dão Lafões, sobretudo durante a primeira secção da segunda etapa, onde chegou a complicar muito a ação dos pilotos e o trabalho da organização.
Nos primeiros três troços da segunda etapa Hugo Lopes não ganhou nenhum, não só porque não terá tido a melhor escolha de pneus, mas também por que percebeu bem que não valia a pena correr riscos. Na parte da tarde, com a repetição dos três troços, já sem chuva, Hugo Lopes voltou a um ritmo mais elevado de prova com o seu Hyundai I20 Rally2, conquistando os três troços, mas mais importante do que isso uma excelente vitória, numa prova que não é do CPR, mas que se candidata a tal.
Durante o segundo dia, registo para a desistência de Diogo Marujo, logo no terceiro troço e depois de ter vencido o primeiro, ponto fim à luta que se previa interessante de seguir pelo segundo lugar da geral, até porque Lucas Simões já tinha respondido com uma vitória na segunda especial do dia. A partir da desistência de Marujo, Lucas Simões, no Skoda Fabia Rally2 Evo, ficou com o segundo lugar na mão, já a sua distância para os que estavam atrás de si era grande.
Subitamente muito interessante de seguir ficou a luta pelo lugar final do pódio, onde a chuva teve ação determinante. Carlos Matos perdeu demasiado tempo na especial 8 e chegou mesmo a perder o segundo lugar para Miguel Carvalho, com o piloto do Hyundai i20 N5 a fazer grandes prestações com os troços molhados. Até ao final do rali, e já com os troços mais secos, Carlos Matos apertou o ritmo e, no derradeiro troço, voltou a recuperar o 3º lugar do pódio, obtendo um excelente resultado, atendendo à sua pouca regularidade com que faz ralis atualmente.
Quanto a Miguel Carvalho teve uma prestação muito boa neste segundo dia. O piloto do Hyundai I20 N5 mostrou-se rápido no asfalto molhado e rapidamente começou a ganhar tempo a Adruzilo Lopes na luta pelo primeiro lugar no Campeonato Promo. Contudo, o piloto do Mitsubishi viria a ter problemas de embraiagem no seu carro e perdeu demasiado tempo na oitava especial, descendo algumas posições, o que não lhe permitiu lutar pela vitória no Promo, que foi para Miguel Carvalho.
Mesmo com a desistência de Diogo Marujo, André Cabeças não capitalizou isso em termos de classificação, já que com a chuva o piloto, a estrear-se no Citroen C3 Rally2, ex-Sport&You, nunca esteve confortável com o carro, perdendo mesmo a sua posição para Miguel Carvalho. Mesmo assim, fez uma boa estreia e provou que pode ser bem mais competitivo com este Citroen.
Quanto ao Regional Centro, também ganho por Miguel Carvalho (que pouco interesse tem nesta competição), Armando Carvalho, num Mitsubishi Lancer Evo IX, foi quem saiu desta prova com mais motivos para sorrir, atendendo à boa prova que fez e ao facto do seu principal adversário não ter terminando. De facto, António Cruz Monteiro teve uma saída de estrada com o Peugeot 208 R5, na oitava especial (que viria a ser cancelada), perdendo dessa forma importantes pontos do o regional.
No Clio Trophy mais uma vitória esmagadora de João Rodrigues, que ganhou com uma vantagem de 56,9s para Tiago Pereira e quase 1m40s para Luís Caetano.
Quanto ao rali em si, julgamos ter sido uma boa candidatura ao CPR, até porque o conjunto de incidências que houve foram um muito bom teste à organização. Agora que a FPAK tenha a coragem de publicar os relatórios das provas do CPR, de modo a avaliar-se se em 2026 teremos ou não o Rallye Constálica Viseu Dão Lafões no Campeonato de Portugal de Ralis.
COMANDANTES SUCESSIVOS
Hugo Lopes (Pec 1 a 11)
VENCEDORES DE TROÇOS
Hugo Lopes (8), Lucas Simões (1); Diogo Marujo (1); Miguel Carvalho (1)
CLASSIFICAÇÃO FINAL
