De uma forma um tanto inesperado, mas inteiramente justa, Miguel Barbosa entre os concorrentes do Campeonato de Portugal de Ralis e da nova Taça de Ouro de Ralis.
O piloto de Famalicão passou por todas as armadilhas do rali e beneficiou das desistências da concorrência. “Vencer pela primeira vez uma prova do CPR e logo no Rali de Portugal é uma sensação indiscritível. As especiais de hoje estavam particularmente duras e sabíamos que seria muito difícil para as mecânicas dos carros. Mantivemos um ritmo seguro e cauteloso e acabamos por aproveitar da melhor forma a táctica que impusemos e beneficiar também dos problemas da concorrência”, começou por dizer Miguel J. Barbosa, adiantando que “antes do início do rali traçamos como principal objectivo terminar e foi com esse prossuposto que arrancamos ontem e hoje para as especiais. Sabemos que por vezes é preciso uma ponta de sorte para que as mecânicas aguentem as difíceis condições dos pisos mas tudo fizemos para evitar surpresas. Com as contas do CPR e Taça a serem fechadas hoje, posso dar já como excelente a nossa segunda participação no Rali de Portugal. Amanhã o objectivo é subir ao pódio final”.
O líder durante grande parte da prova, Ricardo Moura acabou por deitar por terra aquele que poderia ter sido um grande resultado, afirmando “mais uma vez termino o Rally de Portugal mais cedo do que desejava. Acho que não ficaram dúvidas em relação à nossa rapidez e à eficácia da equipa, mas o azar acabou por chegar, depois de um arranque de prova que podemos considerar brilhante. Hoje, no início de Santana da Serra 2, a carroçaria do nosso Mitsubishi não aguentou mais a dureza da prova e acabou por se partir em dois pontos vitais para a ancoragem da suspensão. Ainda conseguimos terminar a especial, mas já não deu para continuar em prova”.
Também Pedro Meireles não chegou a finalizar o segundo dia, devido à quebra do braço da suspensão traseira.
Desta vez, e a fazer uma excelente recuperação, Bruno Magalhães ainda tem aspirações a ser o melhor português no Rali de Portugal, mas não conseguiu vencer na Taça de Ouro como era seu objectivo. “O balanço do dia é espetacular, já que conseguimos uma recuperação impressionante. Fiz todas as classificativas ao ataque, sem nunca baixar o ritmo. Os tempos foram excelentes e estou muito contente com o trabalho que fizemos ao longo do dia. Depois do tempo que conseguimos recuperar hoje, acredito na possibilidade de amanhã mantermos o mesmo nível de andamento e que isso nos vai permitir passar para o comando (entre os portugueses, n.d.r.). Seria o melhor dos desfechos depois de um início pouco feliz”.
