
Sem dúvida que a edição 2025 do Rali da Água – Transibérico Eurocidade Chaves-Verín foi das mais interessantes de sempre do ponto de vista desportivo. A prova tem também vindo a apurar o seu esquema de troços, sendo atualmente um rali muito interessante de seguir, bem dimensionado e com troços muitíssimos interessantes que a maioria dos pilotos gostam. Porém, falta público e envolvência a este rali, que bem merecia e deveria ter, tendo em conta até que metade do rali se disputa em Espanha.
Desta prova saem alguns nomes a ter em conta, que menos não sendo uma novidade, merecem sempre destaque pelas suas prestações. Um deles é Rafael Rego, que literalmente voou no Peugeot 208 Rally4, vencendo e convencendo nas duas rodas motrizes e, sobretudo, no Troféu Peugeot. Outro piloto, fazendo apenas o seu segundo rali no CPR, é Pedro Câmara, de novo vencedor do FPAK Junior Team com uma larga margem para a concorrência, logo em ralis que nunca antes tinha visto. O futuro da modalidade está assegurado em termos de valores… assim existam oportunidade de evoluir.
Não sendo uma jovem promessa, a verdade é que Armindo Araújo vai concluir mais uma temporada de ralis na discussão do título no Campeonato de Portugal de Ralis. Chega-se assim a mais um momento da época em que o piloto de Santo Tirso está lá, na discussão do título, desta feita ao lado de dois nomes mundiais dos ralis: Kris Meeke e Dani Sordo. Uma carreira sólida, robusta, competitiva e desde que os “internacionais” vieram para o CPR, a verdade é que Armindo Araújo foi o único piloto português a discutir títulos com eles… no momento da decisão.
Não há dúvida que o CPR está na moda a nível internacional. Já nesta prova, o Rali da Água – Transibérico Eurocidade Chaves-Verín, contou com a presença de um piloto da Nova Zelândia, Bryn Jones, que até nem deixou má imagem aos comandos de um Peugeot 208 Rally4. A vontade do piloto é em 2026 estar presente na Peugeot Rally Cup. Porém, outras equipas portuguesas, garantem que foram contatadas por pilotos estrangeiros para fazerem o CPR em 2026, embora os nomes dos mesmos estejam no segredo dos deuses.
O caso das gasolinas e dos resultados não homologados do Rali de Castelo Branco é um tema quase “tabu” no seio da caravana do CPR. O tema é difícil de abordar por parte das equipas e a sensação que fica é que um dia os resultados serão publicados e os assuntos “esquecidos” e tudo fica como estava. Porém, não deixa de ser inadmissível o CPR ir para a derradeira prova na lástima em que se encontram do ponto de vista regulamentar e das decisões de “secretária” que tardam em ser tomadas, quando desportivamente e na perspetiva competitiva temos de facto um bom campeonato.