Moura acabou com os fantasmas
O Rali Vidreiro foi, objetivamente, das melhores provas do Nacional de Ralis dos últimos anos, com quatro pilotos a lutarem abertamente pela vitória, e ainda com algumas boas surpresas pelo meio.
Destaque máximo para Ricardo Moura. Teve uma vitória brilhante, acabando com os fantasmas do asfalto que vinham do Rali Vinho Madeira de 2014, sendo muito rápido e consistente de troço para troço, que lhe valeu uma vantagem de 7,3 segundos à entrada do último troço, o suficiente para terminar o rali sem pressão adicional. O Fiesta também esteve afinado para asfalto como nunca, tendo ainda uma nova eletrónica (presente em todos os Fiesta), que permitiram a Moura uma grande vitória.
Do lado de José Pedro Fontes ficou também o registo de uma prova notável. Apesar de um sensor do turbo retirar algum rendimento ao motor do DS3 R5, o piloto do Porto venceu mais troços e andou sempre na luta pela vitória até ao final, felicitando com grande “fair play” Ricardo Moura. Ficou contudo a sensação, de que não foi mesmo pelo piloto que a vitória fugiu!!!
João Barros foi do lote dos quatro, o único que não chegou a passar pela liderança nem a vencer qualquer troço. Andou dentro da luta pela vitória, até o motor ficar a trabalhar em três cilindros nos dois últimos troços, perdendo dessa forma muito tempo, mas não o terceiro lugar.
Pedro Meireles foi a grande surpresa… até para ele próprio. Para quem vinha rodar com o novo Fabia R5, e até teve a participação em risco, o Campeão Nacional deu a entender, à entrada do penúltimo troço e depois de um rali fantástico, que estava em condições de vencer o rali, só que dois piões na 8ª especial ditaram a perda de um minuto e, quem sabe, a perda do rali. Mesmo assim ficou o registo de que temos carro para lutar pela vitórias no Nacional.
Fora da luta pela vitória andou Carlos Vieira. O piloto do Porsche mostrou contudo que poderia ter lutado pela vitória, não fosse um furo logo no troço inaugural do rali. Vencer troços à geral na sua estreia no Vidreiro não é para todos, ficando demonstrado que no asfalto começa a ser um piloto a ter em conta com este Porsche.
No 6º lugar ficou Adruzilo Lopes. Não fosse um furo no derradeiro troço e poderia ter conseguido o 5º lugar que foi seu durante grande parte do rali. Mesmo assim, voltou a vencer no RC2N e com isso é o primeiro campeão da temporada nesta categoria.
Finalmente Diogo Salvi conclui uma prova do Nacional, ficando no 7º lugar, enquanto a posição seguinte foi ocupada ppelo piloto oficial da Suzuki, o espanhol Gorka Antxusteg que deu um enorme espectáculo ao volante do endiabrado Swift S1600.
No Campeonato Nacional de Ralis 2RM, a vitória foi para João Ruivo. Rápido e inteligente, Ruivo aproveitou o que o seu Clio pode dar, impondo-se novamente nesta competição, que ficou relaçanda mais uma vez já Paulo Neto (caixa de velocidades) e Marco Cid (transmissão) ficaram pelo caminho.
Gil Antunes na estreia nacional do seu Clio R3T, foi o segundo classificado, embora o seu interesse esteja no Troféu Ibérico, enquanto Renato Pita foi terceiro classificado para além de ter vencido nos RC4.
Quanto ao nacional de Iniciados, nova vitória do rapidíssimo David Brites no Peugeot 206, enquanto Pedro Antunes ficou no segundo lugar com o DS3 R1.
Nas contas do Challenge DS3 R1, Ricardo Roda aproveitou o conhecimento dos troços e venceu de forma categórica, ficando Pedro Antunes em segundo e Margarida Barbosa em terceiro.
Na Regional FPAK Centro Carlos Fernandes não deu grandes hipóteses à concorrência, depois de mais uma prova fantástica, ficando Fernando Teotónio em segundo e Carlos Cruz em terceiro, depois de André Cabeças (que era segundo) ter perdido muito tempo.
João Mexia voltou a vencer no Nacional de Clássicos, com Cipriano Antunes e José Mendes em terceiro, somando Joaquim Bernardes mais uma desistência.
Vitória no Ladies Rally Trophy de Mariana Carvalho, com Rosário Sottomayor em segundo.
Gonçalo Figueiroa, Nuno Antunes e Luís Duarte foram os três primeiros no Rali Sprint.
LÍDERES SUCESSIVOS
José Pedro Fontes (Pec 1 a 3); Ricardo Moura (Pec 4 e 5); Pedro Meireles (Pec 6 e 7); Ricardo Moura (Pec 8 e 9);
VENCEDORES DOS TROÇOS
José Pedro Fontes (4); Carlos Vieira (1); Carlos Martins (1); Pedro Meireles (2); Ricardo Moura (1);
CLASSIFICAÇÃO FINAL