Editorial (09/06/2013)
O dia 25 de junho, data em que se realizará a primeira Assembleia Geral da FPAK na era pós-Pinto de Freitas, prevê-se que seja o início de um longo processo de verificação e confirmação de um passado que nenhum adepto do desporto automóvel pretende que volte a acontecer.
Incógnita também, até porque decorre dessa ou de outras tantas Assembleias Gerais que venham ocorrer para se consiga apurar a profundidade do buraco nas contas federativas, é a marcação das eleições para as quais já existem dois candidatos com propostas mais ou menos vagas, nomeadamente para os ralis.
O que me parece mais evidente neste momento é a total incerteza que qualquer das candidaturas revela sobre aquilo que vai encontrar, fazendo depender a sua atuação a curto prazo dessa realidade.
Enquanto toda a gente está preocupada com as contas, com medo do que por aí possa vir, a discussão de ideias tem sido superficial, mas eu acho que se deveria em termos regulamentares desenvolver rapidamente as linhas de orientação para o futuro nos ralis.
Temo, por isso, que as tão desejadas mudanças, nomeadamente nos ralis, não apareçam antes de 2015, embora seja evidente que o atual modelo aumentou a clivagem entre pilotos e organizadores.
Não percebo porque razão existe tanto esforço por parte de pilotos, de organizadores e até de alguma imprensa para manter os ralis vivos mas continua a não existir nenhuma associação, pessoas ou grupos que consigam congregar essas vontades e unir esforços para se dar um rumo a todos os ralis que se disputam em Portugal.
O que se tem visto são associações que na realidade não representam uma vontade comum e global mas sim um conjunto de vontades dispersas ou até vontades particulares (algumas delas sem representatividade nenhuma), e quando assim é torna-se difícil dar um rumo aos ralis.
Bons Ralis, mas em segurança!!!
Paulo Homem