Editorial (13/10/2013)
Dos muitos anos que já levo e ralis, contam-se pelos dedos das mãos o número de clubes que por razões diversas me solicitaram opinião sobre um ou outro assunto.
Uma dessas entidades é o Clube Automóvel de Amarante, que soube escutar, soube pensar e ousou aplicar na prática uma pretensão antiga do Ralis Online sobre como deveria ser o esquema de um rali do Open, para quem tem apenas três troços.
A Clube Automóvel de Amarante provou na prática a validade de um esquema de troços que potencia, para os espetadores, ver o maior número possível de especiais de classificação, mas também potencia a segurança (reduz para metade o trânsito entre troços) e cria uma maior dinâmica em termos desportivos.
Também para o fotógrafos e operadores de imagem, amadores ou profissionais, houve a possibilidade de fotografar / filmar todos os concorrentes em quatro troços, quando normalmente em ralis do Open com três troços em linha disputados duas vezes, só existe a possibilidade de o fazer duas vezes. Digamos que a diferença é de 50% a mais!!!
Quem ganha com isto? Todos!!! Desde os espectadores aos pilotos, passando pela organização, todos saíram a ganhar do Rali do Baião.
Agora é preciso que outras organizações pensem nisto e pensem em inovar (sem que tenha mais custos com isso) no sentido de permitir que quem se desloque à estrada consiga ver o maior número de troços possível, até porque sem público o rali tem muito menos piada.
Refira-se ainda que a postura evidenciada pelo Clube Automóvel de Amarante, mostra também aquilo que FPAK e clubes deveriam fazer, isto é, ouvir todo aqueles que direta ou indiretamente tenham intervenção neste fenómeno que são os ralis, trazendo para a modalidade aquilo que todos queremos: mais pilotos, mais adeptos e mais espetáculo.
Bons Ralis, mas em segurança!!!