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Evans distancia-se na frente do Rali Safari (3º dia Quénia)

Elfyn Evans está a caminho de ampliar a sua liderança no Campeonato do Mundo de Ralis da FIA (WRC) após sobreviver a um sábado caótico no Safari Rally Quénia, terminando a penúltima etapa do evento com uma vantagem dominante de 1min 57,4seg.

A sorte voltou a sorrir ao galês numa prova lendária de resistência que serviu mais uma dose brutal de desafios. Desde secas poeirentas a banhos de lama causados pela chuva, o dia exibiu todo o espetro dos extremos do Safari – e Evans foi um dos poucos a manter-se em sintonia.

Começou o sábado com uma curta vantagem de 7,7 segundos, mas marcou posição logo na primeira especial do dia, Sleeping Warrior. Mesmo com danos num pneu traseiro perto do final dos 26,97 quilómetros da classificativa, conseguiu ainda assim ampliar a liderança em 8,2 segundos sobre o seu colega de equipa da Toyota GAZOO Racing, Kalle Rovanperä.

A resposta de Rovanperä desmoronou-se rapidamente. Um furo no pneu dianteiro direito a cinco quilómetros do final de Elmenteita custou-lhe 21,1 segundos, e o pior veio a seguir em Soysambu, onde um furo na roda dianteira esquerda lhe roubou mais 55,5 segundos. Na assistência ao meio-dia, o seu atraso para Evans já ascendia a 1min 32,5seg.

Depois veio a chuva.

As condições deterioraram-se na repetição da ronda da tarde e, embora Rovanperä tenha recuperado 11,7 segundos para Evans na segunda passagem encharcada por Sleeping Warrior, chegou ao final com um braço da suspensão traseira danificado. Uma reparação improvisada à beira da estrada, usando uma cinta de aperto, permitiu-lhe continuar, mas sem outra opção senão reduzir o ritmo nas duas últimas especiais, perdeu quase cinco minutos e caiu para quinto da geral, atrás de Ott Tänak, Thierry Neuville e Takamoto Katsuta.

Evans, que chegou ao Quénia com uma vantagem de 28 pontos no campeonato, está agora à beira da sua primeira vitória no Safari Rally – e de um reforço significativo na liderança do título, caso consiga chegar ao final de domingo sem incidentes. Mas nada está garantido. O seu Toyota GR Yaris Rally1 sofreu danos na roda dianteira direita após um susto na última especial do dia – um lembrete oportuno de como este rali pode castigar até os mais cautelosos.

“Tem sido um verdadeiro Safari até agora”, afirmou o galês. “Dois minutos; normalmente, isso garantiria uma vitória – mas não aqui. Num rali como o Quénia, é preciso avaliar bem os riscos. Ainda temos de pilotar bem amanhã, isso é garantido, e ver que pontos conseguimos arrecadar.”

O drama não ficou por Rovanperä. Numa clássica jornada de Safari, quase todos os pilotos da categoria Rally1 enfrentaram algum tipo de contratempo.

O segundo classificado, Tänak, perdeu tempo com um furo logo cedo e depois lutou contra problemas de visibilidade quando o para-brisas do seu Hyundai i20 N Rally1 embaciou na SS12. Ainda assim, entra no derradeiro dia de domingo com uma vantagem de 2min 36,0seg sobre o seu colega de equipa, Neuville.

O dia de Neuville esteve longe de ser fácil. Dois furos, um para-brisas embaciado e um problema no motor no final da etapa atrasaram-no. No entanto, ainda conseguiu ganhar uma posição na última especial, quando Katsuta foi forçado a parar para trocar uma roda – o seu terceiro furo do dia. O piloto japonês tem estado também a lutar contra uma doença, tornando as suas duas vitórias em especiais ainda mais impressionantes.

Sami Pajari levou o seu Toyota até ao sexto lugar da geral, 54,4 segundos atrás de Rovanperä, mas com mais de quatro minutos de vantagem sobre o Ford Puma Rally1 de Grégoire Munster. Munster começou o dia em 11º e até conseguiu vencer uma especial na SS15.

Gus Greensmith roubou a liderança do WRC2 a Jan Solans na última especial do dia, ascendendo ao oitavo lugar da geral no processo. Apenas 5,8 segundos separam os dois antes das cinco especiais finais de domingo, que totalizam quase 66 km.

Classificação após sábado (SS16/21):

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