O ex-tricampeão nacional de ralis vingou em 2015 o azar que teve em 2014 no Rali Serras de Fafe. Moura fez uma prova notável neste rali, comandando do início ao fim, sabendo gerir de forma perfeita todos os momentos do rali, isto é, aguentou os ataques iniciais de José Pedro Fontes e depois não permitiu que Miguel Campos se aproximasse, para terminar o rali com uma vantagem confortável mesmo sem forçar o ritmo.
Ao vencer a terceira especial José Pedro Fontes parecia querer ir buscar Moura, mas na especial seguinte o piloto do Citroen saída de estrada e perdeu muito tempo. A direção assistida começou a dar problemas, o que motivou a saída de estrada, que relegou o piloto do DS3 R5 para um inesperado 7º lugar.
Com o atraso de Fontes, foi Miguel Campos a exercer pressão sobre Moura, pelo menos até à 7ª especial de classificação, altura em começou a deixar o açoriano mais desafogado na frente do rali. Mesmo assim, para quem como Campos está há dois anos sem disputar um rali de terra, foi notável a sua prestação em Fafe com um carro que desconhecia em pisos de terra.
Também muito boa foi a prestação de João Barros. Contudo, um exagero à entrada do Confurco, fez com que uma jante do Fiesta tivesse partido, levando o pneu a perder ar e, pior ainda, a perda de um minuto. Com isso Barros perdeu o contato dos pilotos da frente, mas manteve sempre o seu ritmo competitivo, que o levou a vencer quatro troços à geral (contra cinco de Moura), terminando num bom terceiro lugar.
Pedro Meireles ficou no 4º lugar da geral, mas também dificilmente conseguiria fazer melhor contra a armada de R5´s, recolhendo contudo importantes pontos no Nacional de Ralis.
Adruzilo Lopes ainda pressionou o campeão nacional, mas o Subaru não dá para mais a não ser vencer o Grupo RC2N sem qualquer oposição.
No regresso esporádico de Paulo Meireles, ficou a prova de que o piloto de Guimarães mantém intactas as suas capacidades, apesar da falta de ritmo.
Nota também positiva para a boa estreia de Joaquim Alves ao volante do Skoda S2000, conseguindo o piloto de Cesar cumprir quilómetros como era sua intenção.
Nono lugar para João Ruivo. Sem dúvida um dos grandes pilotos da prova, Ruivo mostrou todo o seu valor e competitividade ao volante do Renault Clio, conseguindo vencer na estreia deste carro perante uma aguerrida concorrência na duas rodas motrizes.
Max Vatanen ficou na posição seguinte, com o Fiesta RC4, evidenciando um ritmo impressionante, conseguindo superar Marco Cid e Paulo Neto que lugar pelo segundo lugar entre os concorrentes nacionais nas duas rodas motrizes.
Líderes do rali
Ricardo Moura (Pec 1 a 12)
Vencedores de Troços
Ricardo Moura (5), José Pedro Fontes (2); João Barros (4); Miguel Campos (1);
CLASSIFICAÇÃO FINAL
