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APPA emite comunicado

appsapebsudologoChegou-nos pelo Facebook (???) um comunicado da APPA, que passamos a transcrever na integra.

Caros associados ou apenas amantes do desporto automóvel,

Tudo vai mudar no desporto automóvel português a partir do próximo dia 26 de Julho. Vamos ter finalmente efectivas eleições, que serão disputadas por duas listas, compostas por pessoas que conhecem e gostam de automóveis e, não tenho dúvidas que tudo farão, não só para melhorar o desporto automóvel mas também para moralizar e democratizar as relações entre os associados da FPAK.

Como sabem, em 2006 e após 7 anos de intenso trabalho – 3 como Vice- Presidente e 4 como Presidente – demiti-me deste honroso lugar como Presidente na Direcção da APPA embora me tenha mantido em exercício porque nenhum outro grupo de pessoas entendeu dever assumir os destinos da nossa associação. Fui, na altura, seguido solidariamente por toda a Direcção.

Talvez comece por ser importante explicar a razão daquela nossa decisão já que, ao longo deste tempo, muito se tem dito – a maioria das vezes com total desconhecimento – sobre as razões que nos levaram a tomá-la.

Sempre tivemos uma postura de crítica construtiva relativamente à FPAK, quer nos que diz respeito à gestão desportiva, quer no que se refere à gestão económica e financeira.

Dessas nossas posições fomos sempre dando conta nos locais devidos e, apenas quando isso se tornou impossível, passámos a fazê-lo também na comunicação social.

Podemos mostrar a qualquer interessado muita documentação que sustenta o que dizemos: a forma como nos relacionávamos, as propostas que apresentámos, as reuniões que tivemos, mas, igualmente, as respostas que obtivemos, as pressões a que fomos sujeitos e a forma desprestigiante como fomos tratados.

Mas não foi apenas isto que motivou a nossa saída.

Foram duas razões maiores:

1 – Durante todo aquele tempo tentámos demonstrar que havia outras formas de estar neste desporto, que era possível e desejável uma cooperação profunda, que a relação entre Federação e associados tinha que ser profundamente revista e que não poderiam continuar as arbitrariedades que todos conheciam mas que poucos se atreviam a denunciar.

O mais mediático exemplo dessa cooperação entre nós e as outras entidades poderá ser considerado o Camião da APPA que, apenas num ano, esteve presente em 19 provas num total de 23 deslocações, de todas as modalidades, a custo zero para os Clubes e FPAK, e que se tornou numa imagem de marca da Associação e num auxiliar precioso para as organizações.

Não serviu de nada. Em Março de 2006 os clubes associados da federação entenderam que a Direcção chefiada por Luís Pinto de Freitas defendia melhor os interesses do automobilismo nacional do que aquela que era comandada por António Raposo de Magalhães que, nós, sem margem para dúvidas, apoiávamos.

E talvez valha a pena relembrar que esta ultima publicou todas as linhas de acção, todos os programas e intenções, possibilitando que todos soubessem ao que iam, ao passo que a Lista que ganhou nunca informou nada a ninguém e teve a primeira reunião, onde todos os seus membros se conheceram, já depois de ser eleita!

As divergências entre a FPAK e a APPA tinham, entretanto, extravasado as relações institucionais e alguns dos membros da Associação tinham passado a ser permanentemente incomodados e até perseguidos, com ingerências inadmissíveis nas suas participações desportivas e processos disciplinares que não faziam o mínimo sentido.

Não é por caso que, em 2005 não tiro licença desportiva – entendia que os pilotos que me davam o prazer de os acompanhar não podiam ser prejudicados apenas por terem como navegador o dirigente da APPA – nem é por acaso que eu e o Pedro Leal, meu Vice-Presidente para os ralis, somos alvo de dois processos disciplinares em 2004.

E, destas atitudes, resulta a 2ª e a mais importante das razões para o meu afastamento:

2 – Eu entendia que os licenciados que tanto queria defender eram mais prejudicados pela minha intervenção do que se ela deixasse de existir.

Não estava, como nunca estive nem estou, agarrado a nenhum lugar e, nessa altura, entendi que defendia melhor o interesse do desporto motorizado afastando-me do que, teimosamente, continuar a trabalhar no sentido de mudar atitudes que muita gente preferia manter imutáveis.

Nessa altura demiti-me e prometi, a mim mesmo e a toda a gente, que nunca mais teria nenhuma intervenção pública que não tivesse apenas que ver com as minhas participações desportivas, enquanto o Presidente Luís Pinto de Freitas se mantivesse em funções.

Após a sua morte esta promessa deixou de ter razão de existir e, neste momento, como comecei por dizer entendo que tudo vai mudar e agora vale, novamente, a pena “acordar” a associação, voltar a trabalhar com a FPAK e ajudar a promover as várias vertentes deste desporto apaixonante.

Está página é apenas uma parte deste trabalho, que culminará com uma Assembleia Geral para eleição de novos corpos sociais nos próximos dois meses. Essa nova direcção receberá toda a informação de que dispomos e terá a nossa colaboração, sem limitações, no sentido de recuperar toda a vitalidade a que APPA nos habituou.

Uma das primeiras acções a que nos propomos é uma reunião de licenciados, sócios ou não da APPA, onde pretendemos ouvir as várias sensibilidades relativas às listas concorrentes à FPAK no próximo acto eleitoral, a ter lugar nas antiga Sede da Associação, na Rua Alves Redol, nº 310 , no Porto, a partir das 21.00 da próxima 4ª feira, dia 24 de Julho de 2013 e para a qual estão, obviamente, todos convidados.

Por tudo isto, brindo à nova vida do Desporto Automóvel em Portugal.

Luís Ramalho

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