Editorial (21/04/2013)
De uma forma totalmente inesperada, o desporto automóvel em Portugal entrou, ou melhor, poderá entrar numa nova fase da sua história.
O que se espera dos futuros candidatos à direção da FPAK é um “modus operandi” totalmente diferente daquele que tivemos até um passado recente. Quem no futuro vier a integrar o novo elenco federativo, sabe que tem pela frente uma operação bem difícil pela frente.
Por onde é que deverá começar o novo elenco federativo quando for eleito? Não haverá por certo uma prioridade, mais sim várias prioridades. A primeira (embora a ordem cronológica aqui não interessa) passa pelo saneamento das contas da FPAK. É preciso apurar o real buraco das contas e saber rapidamente em quanto tempo a federação poderá regressar à normalidade.
Em segundo lugar é preciso agilizar os processos federativos. A emissão de licenças deveria ser feita online, assim como muitos dos procedimentos administrativos deveriam ter uma plataforma online. Agilizava-se processos, modernizava-se a federação e poupava-se muito tempo e reduzia-se a factura. Também muitos dos procedimentos burocráticos que existem entre a FPAK e os clubes poderiam e deveriam ser simplificados recorrendo a plataformas online.
Simultaneamente é preciso trabalhar na evolução regulamentar, norteando-se por princípios como a simplicidade, a coerência e a abrangência. No que aos ralis diz respeito é grande a descoordenação. Provas a mais, campeonatos a mais, regulamentos confusos, classificações absurdas e critérios de avaliação de provas descredibilizados. É altura de dar vários passos em frente em matéria regulamentar.
É também altura de apostar na promoção e divulgação do desporto automóvel, como um objectivo estratégico de fundo, recorrendo aqueles que verdadeiramente sabem da matéria, provando que o desporto automóvel é um excelente produto para ser vendido às massas.
Matrículas, inspeções periódicas e seguros (nomeadamente nos ralis e no TT), são também áreas que a futura direção da FPAK deverá assumir como desígnios.
Numa altura em que já se começam a perfilhar candidaturas, será interessante avaliar os programas, mas também o potencial que cada candidato possa oferecer, bem como o seu passado (e presente) no desporto automóvel e também as suas ligações às entidades públicas.
Bons Ralis, mas em segurança!!!
Paulo Homem