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Fontes vence em Lisboa a “Taça” na despedida da Citroën

RALLY DE LISBOA / TAÇA DE PORTUGAL DE RALIS 2025

Que melhor despedida poderia ter a Citroën do que uma derradeira vitória em termos oficiais no Rally de Lisboa, que atribuiu a José Pedro Fontes / Inês Ponte o título de vencedores da Taça de Portugal de Ralis, depois de em 2024 terem sido os vice-campeões.

Apesar de a chuva ter andado afastada dos troços do segundo dia do Rally de Lisboa, nem por isso os pilotos deixaram de ter grandes dificuldades, já que o piso se manteve, na sua grande maioria, escorregadio, e os cortes das bermas trouxeram ainda lama para o asfalto.

O segundo dia começou com Ricardo Teodósio a entrar forte para tentar surpreender José Pedro Fontes e, na realidade, bastaram apenas dois troços para que metade da vantagem do piloto da Citroën se perdesse. Para o algarvio, havia que continuar a pressionar o seu adversário, mas José Pedro Fontes equilibrou o ritmo e estancou a perda de tempo, com a vantagem a passar de 8,8s para 10,1s. Porém, neste frente a frente, quem levou a melhor foi mesmo o piloto da Citroën, ao ponto de, até final do rali, não ter perdido mais nenhum troço, o que elevou a sua vantagem para uns expressivos 19,1s, a maior diferença registada entre os dois em todo o rali.

Mesmo em asfalto seco — que não foi, de todo, o caso deste rali — não é fácil para Teodósio equilibrar os andamentos face aos pneus Hankook que utilizou esta temporada (não com muito sucesso) e também nesta prova. A verdade é que Fontes foi mais consistente, mais regular e, por isso, levou, com inteiro mérito, a Taça de Portugal de 2025.

Face a uma série de circunstâncias, Pedro Lago Vieira conseguiu terminar no pódio com o seu Toyota GR Yaris Rally2. Debelados os problemas de caixa do primeiro dia, o piloto esteve numa entretida luta pelo terceiro lugar com Rui Madeira, sobre o qual levou vantagem. Porém, o piloto do Hyundai i20 N Rally2 viria a desistir com um problema mecânico (motor) no seu carro, a quatro troços do fim, passando Pedro Lago Vieira ao modo de gestão, tendo em conta que bastava terminar o rali para ficar com o derradeiro lugar do pódio e ser considerado ainda a revelação do Rally de Lisboa.

Mesmo com os troços sem tanta água, Diogo Marujo não conseguiu acompanhar o ritmo de Pedro Lago Vieira, acabando até por perder ainda mais tempo ao longo do segundo dia para o seu adversário, não conseguindo melhor que o quarto lugar, depois de uma época de muitos ralis e de muita aprendizagem.

Tal como era seu objetivo, Paulo Neto acabaria por ficar no quinto lugar final. O piloto do Škoda Fabia Rally2, já com os troços mais secos, teve outra disponibilidade para arriscar e rapidamente se desenvencilhou das duas rodas motrizes, aproveitando da melhor forma as desistências de Rui Madeira, André Cabeças (problemas de embraiagem no Citroën C3 Rally2) e Ernesto Cunha (por despiste com o seu Škoda), estes dois últimos ficaram pelo caminho numa fase prematura do segundo dia.

Lutando um pouco com as afinações do Ford Fiesta R5, Carlos Martins quase nunca deu nas vistas, terminando no sexto lugar final, uma posição natural atendendo ao facto de dispor de um dos antigos R5, que pouco podem fazer face aos modernos Rally2.

Nas duas rodas motrizes, quem melhor aproveitou o conhecimento do terreno foi Gil Antunes. Fez um rali rápido e, desde que se viu no comando, após a terceira especial, não mais saiu do primeiro lugar, terminando com uma boa vantagem de 22,5s para Henrique Moniz, que, também ao volante de um Peugeot 208 Rally4, fez um rali notável face ao total desconhecimento dos troços.

O já campeão 2025 das duas rodas motrizes, Ricardo Sousa, acabou por ter um rali muito mais descansado do que previa, nomeadamente nas contas da Peugeot Rally Cup Portugal. Depois da desistência de Rafael Rego, por despiste (no segundo troço), Ricardo Sousa geriu o andamento, pois bastava-lhe praticamente terminar para juntar o título deste troféu ao conquistado no campeonato. Na Peugeot Rally Cup foi também Gil Antunes quem venceu o Rally de Lisboa, ficando Ricardo Sousa em segundo e, dessa forma, com o título.

Sem contestação, João Rodrigues venceu o Clio Trophy, depois de mais uma vitória no Rally de Lisboa, conquistando assim o tão desejado cetro.

Em termos de FPAK Junior Team, Pedro Câmara já nem precisa da derradeira prova, pois, ao vencer no Rally de Lisboa de forma contundente, selou assim o título nesta competição.

VENCEDORES DE TROÇOS
Ricardo Teodósio (4); José Pedro Fontes (7); Pedro Lago Vieira (1)

COMANDANTES SUCESSIVOS
Ricardo Teodósio (PEC 1), José Pedro Fontes (PEC 2 a 12)

CLASSIFICAÇÃO FINAL

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