Ricardo Coelho fala das ausências em ralis
É cada vez mais evidente, não só a escalada dos preços a pagar por uma inscrição, como também a redução da extensão do percurso cronometrado, associado a uma certa ausência de critério na escolha dos traçados, no que concerne à tecnicidade dos mesmos. Há clubes que por e simplesmente propôem traçados que mais parecem provas de arranque e de velocidade pura, e por vezes já nem chicanes utilizam. Temos em Portugal tantos estradas interessantes e empolgantes para servirem de provas especiais de classificação, que não se compreende a insistência ano após ano, em itinerários com retas intermináveis, e que por vezes passam por zonas fortemente habitacionais.
Parece-nos que as organizações não estão a conseguir inovar as suas provas, no sentido de as tornarem mais atrativas para equipas e pilotos. Devia prevalecer maior ênfase no aspeto competitivo e na redução de custos de participação.Queremos no entanto acreditar que, com a inequívoca competência e experiência de muitas das pessoas que dirigem os clubes organizadores, é possivel fazer bem melhor sem incorrer em custos acrescidos. Temos visto alguns exemplos disso no panorama Nacional, o que só prova que é possivel.
Julgamos também que as equipas e pilotos se deviam unir no sentido de mostrar aos clubes que algo tem de ser feito. Clubes e concorrentes só têm a ganhar com o aumento da afluência de pilotos e equipas às provas Nacionais. Há que entender esta onda crescente de descontentamento e de não comparência de cada vez mais pilotos, como uma oportunidade para os clubes evoluirem o seu modelo organizativo e promocional, adaptando-o à realidade e exigência atual.
Em relação ao Vidreiro, a fórmula proposta é idêntica ao Serras de Fafe, Guimarães e Alfena. Muito embora seja uma prova que também tinhamos previsto realizar, decidimos não estar presentes pelas mesmas razões que não estivemos em Alfena e Guimarães: Valor excessivo da taxa de inscrição.
Ricardo Coelho