Um R5 de duas rodas motrizes
Um excelente convite feito pela Sofrapa permitiu que tivesse oportunidade de realizar um fabuloso co-drive, com Gil Antunes, a bordo do novíssimo Renault Clio R3T.
Das vezes que vi este carro a evoluir nos troços, confesso que não me entusiasmou muito, apesar de ser evidente a rapidez demonstrada.
Obviamente que por dentro as sensações são bem diferentes, mas percebe-se bem porque razão se trata de um carro que privilegia a eficácia em detrimento da espetacularidade.
Neste curto texto usamos dois “mapas” distintos. Um que tornava o carro muito “eletrizante” outro que o tornava mais dócil, mas um pouco menos competitivo.
A primeira nota é o enorme conforto a bordo. Nunca tinha andado num carro de duas rodas motrizes tão evoluído do ponto de vista técnico. As suspensão aguentam tudo e digere bermas e ressaltos como se elas não existissem.
O motor é um poço de potência. Dá a sensação de que qualquer que seja o regime, existe sempre uma enorme disponibilidade de potência. A caixa de velocidade sequencial quase nem se nota, tal a suavidade de funcionamento, num casamento perfeito com o motor.
Do pouco que andamos a bordo, o Clio não tem reações estranhas, mas fica a noção de que será um carro difícil de conduzir no limite e muito exigente, pois não transmite muitas sensações. Notamos a cada curva que vamos muito rápido, mas assim que a passamos, a ideia é de que se poderia fazer a curva com muito mais velocidade.
Comparando com um Clio S1600 e mesmo com o mais recente Clio R3 é brutal a evolução deste novo Clio R3T.
Sem dúvida uma excelente experiência, num dos mais modernos carros de ralis de duas rodas motrizes, que poderá vir a dar muito que falar nas provas de asfalto.